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Tremores podem ter contribuído com falhas em barragem, diz PF

Causas da liquefação, fenômeno que provocou o rompimento da estrutura em Brumadinho, ainda é mistério para os investigadores responsáveis pelo caso

Minas Gerais|Mayara Folco, da Record TV Minas, com Pablo Nascimento, do R7

Investigação deve ser concluída até junho de 2020
Investigação deve ser concluída até junho de 2020 Investigação deve ser concluída até junho de 2020

A Polícia Federal informou, nesta quinta-feira (16), que ainda trabalha para descobrir o que causou a liquefação - fenômeno que provocou o rompimento da barragem da Vale, em Brumadinho, em 25 de janeiro de 2019.

De acordo com o delegado Luiz Augusto Pessoa, um dos responsáveis pelo caso, aproximadamente 150 abalos de terra foram registrados dentro de um raio de 150 km da barragem, no decorrer de 2018. Segundo o agente, isto pode ter influenciado na estabilidade da estrutura.

— Pode ser que os sismos ocorridos ao longo de 2018, que foram mais de 150 neste mesmo raio, podem ter provocado a desestabilização da barragem.

Este é o segundo inquérito da PF sobre o caso. No primeiro, o órgão indiciou sete funcionários da mineradora Vale e seis da consultora alemã Tüv Süd pelos crimes de falsidade ideológica e uso de documentos falsos. As duas companhias também foram indiciadas. Na nova investigação, os peritos apuram os crimes ambientais e se houve homicídio doloso ou culposo.

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Delegados fizeram balanço das investigações
Delegados fizeram balanço das investigações Delegados fizeram balanço das investigações

O balanço das investigações divulgado nesta manhã mostra que mais de 80 milhões de arquivos foram coletados em computadores, celulares e pastas de pessoas possivelmente envolvidas no caso.

Para dar conta de analisar todo volume, os agentes federais contam com o apoio de pesquisadores das Universidades de Barcelona, na Espanha, e de Porto, em Portugal. A expectativa é que a apuração seja concluída até junho de 2020.

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Leia também:E-mail indica que Vale não estava pronta para emergência

Segundo os investigadores, um alemão foi intimado a depor. O homem, que não teve a identidade revelada, teria sido importante para funcionários da Tüv Süd atestarem a estabilidade da estrutura que ruiu. Ainda de acordo com a PF, o intimado informou que não virá ao Brasil para prestar os esclarecimentos. Há a possibilidade de agentes da corporação irem à Europa para ouvi-lo.

A tragédia completa um ano no próximo 25 de janeiro. A nove dias da data, 11 vítimas continuam desaparecidas sob a lama de rejeitos.

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