Empresa pretende expandir de 60% para 70% operações a seco no Brasil até 2023
Divulgação / SOS Mata Atlântica / Gaspar NóbregaApós os rompimentos das barragens de Mariana e Brumadinho, em Minas Gerais, em um intervalo de pouco mais de três anos, a Vale anunciou nesta segunda-feira (13) que investirá R$ 11 bilhões nos próximos cinco anos em instalações para ampliar o uso de processamento a seco do minério de ferro em suas operações no Brasil.
Ao longo dos últimos 10 anos, a empresa diz ter investido cerca de R$ 66 bilhões para instalar e ampliar o uso desse método, que não gera rejeitos por não utilizar água no seu processamento. Sem rejeitos, não há necessidade de instalar barragens à montante, como os das barragens de Mariana e Brumadinho.
De acordo com a Vale, hoje, cerca de 60% da sua produção utiliza esse método e, com o investimento anunciado para os próximos cinco anos, esse número deve chegar a 70%.
Em Minas Gerais, o processamento a seco foi ampliado de 20%, em 2016, para 32%, em 2018, e está presente em diversas unidades, como a de Brucutu, Alegria, Fábrica Nova, Fazendão, Abóboras, Mutuca, Pico e Fábrica.
Para os próximos anos, ainda de acordo com a Vale, o objetivo é empregá-lo em outras localidades de Minas Gerais, como por exemplo os projetos Apolo e Capanema, que atualmente encontram-se em fase de licenciamento ambiental.