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Venda ilegal de lotes na Grande BH gera prejuízo de R$ 20 milhões

Ex-secretário de Meio Ambiente estaria envolvido no esquema; cidade deixou de receber mais de R$ 3 milhões em multas ambientais por causa de golpe

Minas Gerais|Célio Ribeiro*, do R7, com Vinícius Araújo, da Record TV Minas

O ex-secretário de Meio Ambiente de Santa Luzia, Edson Mário Pinheiro, foi preso pela Polícia Civil nesta terça-feira (29). Ele é suspeito de participar de um esquema de venda ilegal de lotes na cidade que teria movimentado R$ 20 milhões.

As investigações realizadas pela Polícia Civil e pelo Ministério Público de Minas Gerais começaram no final de 2017, quando Pinheiro foi preso em flagrante por crime ambiental. Após a prisão, os agentes descobriram a existência de negociações envolvendo um loteamento clandestino em Santa Luzia.

Loteamento em Santa Luzia (MG) era ilegal
Loteamento em Santa Luzia (MG) era ilegal Loteamento em Santa Luzia (MG) era ilegal

De acordo com a delegada Bianca Prado, imagens aéreas mostraram que a área foi constantemente modificada nos últimos três anos, mesmo sem autorização oficial e sem as licenças exigidas. Documentos apontam que os lotes, vendidos entre R$ 40 mil e R$ 100 mil, já estavam quase se esgotando.

Segundo a delegada, os outros nove alvos de mandados de busca e apreensão eram parte de uma associação criminosa. Empresas teriam sido montadas apenas para a prática de crimes ambientais, parcelamento irregular do solo urbano e estelionato.

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Induzidas ao erro

A delegada Bianca Prado afirma que o esquema teria “induzido as famílias ao erro”. A agente disse que o grupo negociava com pessoas mais simples e chegava até a apresentar um suposto decreto que permitia o comércio dos lotes.

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— O líder pegava uma população, muitas vezes, sem grandes malícias, criava uma expectativa e afirmava que o sonho da casa própria seria alcançado. Apresentava inclusive um decreto municipal autorizando as obras, mas que na verdade nem abordava aquele assunto.

Veja: Polícia investiga homem que se passava por juiz para dar golpes

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Além dos R$ 20 milhões de prejuízo, o esquema teria deixado de pagar mais de R$ 3 milhões em multas ambientais. As investigações irão continuar e a Polícia Civil vai decidir, com base no que foi apreendido nesta terça (29), se pede a prisão de outros envolvidos. Até então, os crimes investigados são associação criminosa, estelionato, lavagem de dinheiro e delitos ambientais.

A Record TV Minas tentou entrar em contato com algum representante do ex-secretário de Meio Ambiente de Santa Luzia, mas ninguém foi encontrado até o momento.

*Estagiário do R7 sob a supervisão de Lucas Pavanelli.

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