Sem a confirmação do horário de retorno dos trens, previsto para esta quinta-feira (18), usuários reclamam da superlotação e da falta de ônibus extras
Folha de PernambucoA indefinição sobre o prazo para o fim dos reparos na Linha Centro do metrô do Recife gerou dúvidas entre os passageiros sobre a volta do serviço, prevista para esta quinta-feira (18). A linha, que tem 19 estações e atende cerca de 250 mil pessoas nos dias de semana, está paralisada desde domingo devido ao rompimento de um cabo. Até a publicação desta matéria, não havia confirmação do horário de retorno dos trens, que normalmente começam a circular às 5h.
O superintendente do metrô do Recife, Leonardo Villar, disse que houve avanços consideráveis nos reparos, mas não deu prazo para a conclusão dos trabalhos. “Estamos trabalhando 24 horas para solucionar o problema”, disse ele.
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Para tentar minimizar o transtorno, o Grande Recife Consórcio disponibilizou um maior contingente de ônibus para os passageiros que saem das estações da linha Centro. Além do reforço nas linhas já existentes, ônibus especiais também atendem os usuários do metrô. Ontem, a novidade foi a linha TI TIP/Camaragibe. O esquema especial vai durar até a normalização do serviço.
Para os passageiros que saem de Camaragibe, recebem reforço os ramais 2450 - TI Camaragibe (Conde da Boa Vista) e 2480 - TI Camaragibe/Derby. Já quem vem de Jaboatão, a linha 200 - Jaboatão (Parador) também opera com mais veículos. As linhas 232 - Cavaleiro, 243 - Vila Dois Carneiros, 346 - TI TIP (Conde da Boa Vista) e 370 - TI TIP/TI Aeroporto também recebem reforço.
Ontem, no entanto, os passageiros que precisaram recorrer às linhas especiais encontraram filas extensas e ônibus lotados. Tárcio Silva, 37, foi um dos usuários que sofreram com o problema na circulação do metrô. “Esse metrô foi o maior atraso da minha vida, não tem uma opção de ônibus daqui que vá direto para o meu serviço”, falou Tárcio, que relatou um atraso de mais de uma hora na ida para o trabalho.
Virgínia Sales, 34, se queixou da superlotação dos ônibus disponibilizados. “Os ônibus demoram muito, tem muita gente. E, na volta, a gente fica nos terminais sem segurança”, disse a cozinheira. O funcionário público Michael França, 37, teve que pegar quatro ônibus para ir de casa para o trabalho: “Com esse transtorno, acho que meu trajeto vai demorar umas duas horas a mais”, afirmou.