A California confirmou hoje que vai proibir a venda de veículos a combustão dentro de 15 anos. A partir de 2035 automóveis a gasolina não poderão mais ser vendidos nas concessionárias e veículos comerciais, geralmente a diesel, terão venda interrompida a partir de 2045, ou seja, dentro de 25 anos. O governador Gavin Newsom assinou o decreto lei em um pronunciamento à imprensa hoje.
Se por um lado o governo estadual democrata vai na contramão da diretriz do governo federal, nos Estados Unidos cada unidade tem liberdade total sobre seu território. No entanto, há grandes desafios para cumprir este prazo.
A indústria, por outro lado, tem respondido rapidamente a esta demanda. Além da Tesla, cuja sede fica na California, há planos audaciosos de eletrificação dos carros como o recém lançado Mustang Mach E, e modelos como a família ID da Volkswagen que também deve ser oferecida nos Estados Unidos, além dos SUVs da Mercedes como o EQC, a linha Audi com o e-tron e os modelos da marca sueca Volvo são alguns exemplos.
O primeiro é vencer primeiro a questão da geração de energia. Com constantes blecautes o estado californiano que tem 40 milhões de habitantes ainda usa 60% da sua energia de fontes não renováveis: sendo gás natural a maioria e também usinas nucleares e poucas hidrelétricas. Apesar disso, e enquanto o Brasil usa energia elétrica quase que integralmente limpa e renovável (hidrelétricas), a Califórnia é o estado que mais avança rumo a fontes sustentáveis de energia.
Em 2019 por exemplo, uma usina nuclear foi fechada em San Onofre e outras três unidades serão fechadas até 2025. Mas isso não tem evitado constantes falhas de energia desde o ano passado. Vale lembrar que a Califórnia tem a maior capacidade de geraçao de energia por fonte solar do país graças à forte incidência de raios solares boa parte do ano.
Segundo o California Air Resources Board, 80% da poluição do ar no estado se deve a emissões de veículos a combustão.