Se por um lado as montadoras lançam tecnologias como motores três cilindros, turbinados, com injeção direta e de maior eficiência em geral por outro são comuns as queixas de que a gasolina brasileira é de baixa qualidade. Para acompanhar a evolução dos motores a combustão a partir desta semana começa a chegar aos postos de combustível do país uma gasolina com nova fórmula: mas o que muda na prática?
O R7-Autos Carros conversou com fontes do mercado e de distribuidores que explicam a nova fórmula da gasolina que está chegando aos postos. Veja o que mudou:
A mudança se deve a uma evolução constante. Seguindo a Resolução 807/20 da ANP (Agência Nacional do Petróleo) a nova gasolina comum deve ter massa específica mínima de 715 kg/m³ e octanagem mínima de 92 octanas pela metodologia RON. Esta não é a primeira vez que a gasolina vai mudar. Essa evolução começou nos anos 1980 e passou pela remoção do chumbo, adição de etanol e aumento da octanagem ao longo dos últimos 30 anos.
Essa alteração é feita para acompanhar a tecnologia dos motores vendidos no país com tecnologias modernas como a injeção direta, usada em carros como o Hyundai HB20 e Volkswagen Nivus, nos motores turbinados oferecidos pela Chevrolet e Volkswagen além de carros esportivos que trabalham com alta taxa de compressão dos motores entre outras novidades que exigem combustível melhor.
Quais são os efeitos da nova gasolina?
Segundo os distribuidores a nova formulação resulta em 6% de economia de combustível nos motores. Isso se deve à maior densidade da gasolina, como se ela fosse mais concentrada. Isso torna a combustão mais eficiente e por isso a estimativa de economia.
A octanagem vai aumentar sensivelmente. Esse índice é medido por "RONs" e significa a resistência à detonação (queima do combustível). A gasolina comum passa de 87 para 93 e a Premium sobe de 91 para 97.
Apesar das alterações o percentual de etanol adicionado à gasolina não vai mudar: 27% para o combustível comum e aditivado e 25% para o de alta octanagem.
Já tem gasolina de alta octanagem nos postos?
Teoricamente sim mas as novas especificações que entraram em vigor no último dia 02 de agosto ainda tem tolerância até 02 de outubro para que os distribuidores possam se adaptar enquanto os postos ainda podem vender gasolina antiga até 1 de novembro de 2020.
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