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Comando do Exército e ex-assessor de Bolsonaro acertam saída 'negociada'

Por orientação do governo Lula, o tenente-coronel Mauro Cid seria impedido de assumir comando de Batalhão de Operações Especiais de Goiânia. A pedido do comando do Exército, Cid requisitou adiamento da nomeação para a função

Blog do Nolasco|Do R7

Mauro Cid ao lado do ex-presidente Jair Bolsonaro
Mauro Cid ao lado do ex-presidente Jair Bolsonaro Mauro Cid ao lado do ex-presidente Jair Bolsonaro

O novo comandante do Exército, Tomás Miguel Ribeiro Paiva, começou a pôr em prática os planos do governo Lula ao trocar o comando do Exército no fim de semana. O Blog apurou que ele acertou uma saída alternativa com o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro e um dos principais assessores do ex-presidente.

Mauro Cid enviou ao comando do Exército um pedido para adiar sua nomeação ao cargo de comandante do Batalhão de Ações e Comandos, que fica em Goiânia, uma unidade de operações especiais. Cid foi indicado ao cargo no ano passado por ser o tenente-coronel com as melhores notas no curso de operações especiais da região. Oficialmente, Mauro Cid abriu mão da vaga.

Mas não foi bem isso que aconteceu. Fontes com acesso à negociação disseram que essa foi uma saída "negociada". E disseram que o ex-assessor de Jair Bolsonaro "sabia que não ia assumir de qualquer jeito" e pediu o adiamento da nomeação para a função. Por outro lado, o novo comandante do Exército evita um maior desgate por assinar uma decisão política.

Hoje, o comando do Exército também designou um novo chefe do Batalhão da Guarda Presidencial, o tenente-coronel Nélio Moura Bertolino. O tenente-coronel Paulo Jorge Fernandes da Hora sai oficialmente da função porque já cumpriu os dois anos à frente do posto. Mas, nos bastidores, este foi mais um pedido do governo Lula ao novo comandante do Exército, que enfrenta desconfiança e desgaste internamente. Isso porque foi designado para o cargo com a ordem de retirar nomes ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro de funções relevantes.

Os militares se queixam de uma caça às bruxas após os atos violentos do dia 8 de janeiro e também das acusações feitas pelo atual presidente da República. Lula afirmou que os militares teriam sido omissos durante os ataques às sedes dos Três Poderes. Isso provocou grande desgaste da relação do governo Lula com os militares.

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