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CPI testa limites e reação militar preocupa cúpula dos poderes

Presidente do senado, Rodrigo Pacheco (DEM/MG), pisa no freio e interrompe escalada de troca de ataques. Risco de abalo institucional acendeu alerta entre políticos e magistrados

Christina Lemos|Do R7

O presidente do Senado, Rodrigo Pachego (DEM/MG): moderação, diante da reação militar.
O presidente do Senado, Rodrigo Pachego (DEM/MG): moderação, diante da reação militar. O presidente do Senado, Rodrigo Pachego (DEM/MG): moderação, diante da reação militar.

Foi recebido com apreensão pelas cúpulas do Legislativo e do Judiciário o episódio da prisão, pela CPI da Pandemia, do ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde e as críticas do presidente da comissão de inquérito, senador Omar Aziz (PSD/AM), a quadros das Forças Armadas, que, em resposta, levaram à nota do Ministério da Defesa. Não há precedentes de reação tão dura da área militar a uma manifestação verbal de um senador – cujo direito de expressão é protegido pela Constituição e pelo Regimento das duas casas do Legislativo.

Chamou atenção, em particular, o destaque dado pela nota ao papel de “fator essencial para a estabilidade do País” das Forças Armadas. Diante da súbita escalada da temperatura política, o senador Rodrigo Pacheco (DEM/MG), investido do papel de presidente do Congresso, optou pela prudência. Cobrado a defender Aziz, preferiu ressaltar a importância das Forças Armadas e a limitar o episódio a um mal entendido, em que críticas do senador amazonense à suposta participação de militares em eventual esquema de corrupção no ministério da Saúde não poderiam ser estendidas a toda a instituição.

Nestas esferas, o tom da nota do Ministério da Defesa, hoje comandado por um dos quadros mais próximos ao presidente Bolsonaro, general Braga Netto, foi interpretado como um sinal de esgarçamento da tolerância com os trabalhos da CPI. E demonstra que a troca dos comandantes militares, recém promovida por Bolsonaro, levou a um alinhamento automático da caserna ao Planalto. Isto é, a nota dos militares teria um efeito muito além da defesa das Forças Armadas, como instituição, diante de “narrativa irresponsável”, atribuída textualmente ao senador Omar Aziz em particular.

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