O deputado Ricardo Barros, líder do governo na Câmara, foi ministro da Saúde de Michel Temer
Michel Jesus/ Câmara dos DeputadosNum domingo marcado pela expectativa de troca do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, a lista de cotados para o posto cresce a cada momento. O nome do líder do governo da Câmara, Ricardo Barros (PP/PR), que já ocupou a pasta no governo de Michel Temer, é tido como uma das saídas viáveis a Bolsonaro. O parlamentar antecipou o retorno à capital e está em vôo neste momento. A expectativa é que se reúna com o presidente, que também conversou com Ludhmilla Abrahão Hajjar. A cardiologista, que tratou vários integrantes do governo e do Judiciário acometidos pela Covid-19, é firme defensora do isolamento social e está alinhada com as orientações científicas para o enfrentamento à pandemia.
Homem da confiança do presidente Bolsonaro, com desempenho bem avaliado no papel de líder do governo na Câmara, Barros é do PP, mesmo partido do presidente da Casa, Arthur Lira. A legenda, importante integrante do bloco denominado de Centrão, há tempos deseja ampliar sua participação no primeiro escalão e viu o PRB emplacar o primeiro indicado, João Roma, no Ministério das Cidades.
Nesta tarde, no auge dos rumores sobre a saída de Pazuello, Lira marcou sua posição por meio de rede social: “O enfrentamento da pandemia exige competência técnica, sem dúvida nenhuma. Mas exige ainda mais uma ampla e experiente capacidade de diálogo político” – declarou. Horas depois, para afastar a idéia de estar pleiteando o posto, Lira publicou nova declaração: "coloquei atributos necessários para o bom desempenho à frente da pandemia", explicou, "capacidade técnica e de diálogo político com os inúmeros entes federativos e instâncias ténicas. São exatamente as qualidades quee nxergo na doutora Ludhmilla".
Barros, cujo nome é frequentemente lembrado para voltar à Saúde, tem evitado comentar questões sobre a troca de Pazuello, e defende a permanência do general no posto. Mas admite que “o momento é crítico”, conforme declarou à imprensa do Paraná. “É preciso confiar na equipe do governo para vencer esta batalha.”
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