Segundo oficial da Marinha ligado à cúpula da Defesa ouvido pelo blog esta manhã, o ambiente no ministério não é de crise, mas há insatisfação com a forma como Fernando Azevedo foi substituído no posto, na tarde de ontem, pelo presidente Jair Bolsonaro. O general é visto como anteparo a movimentos palacianos de atrelamento automático das Forças Armadas aos interesses políticos do presidente Bolsonaro. “Vamos deixar a política para os políticos”, reforça o oficial. “Não haverá politização das Forças Armadas”, repetem desde a tarde desta segunda-feira fontes da área militar.
“As Forças Armadas seguirão seu papel constitucional e neste momento nossa missão é ajudar a salvar vidas”, completa a fonte da Marinha, numa referência às ações das três forças no combate à pandemia do coronavírus. A entrega de cargos dos três comandantes é vista como “praxe”. Já a substituição do general Pujol, no comando do Exército é dada como certa. A troca, à qual Azevedo se opôs, foi um dos últimos motivos de desgaste entre o titular da Defesa e o presidente
Os comandantes do Exército, Marinha e Aeronáutica terão na manhã desta terça-feira uma conversa preliminar com o ministro da Defesa que deixa o cargo, general Fernando Azevedo. Em seguida, o grupo receberá o novo indicado para a Defesa, general Braga Neto, que deixa seu posto na Casa Civil para a missão. Braga Neto integra hoje o chamado “núcleo duro militar” de auxiliares diretos do presidente Bolsonaro.