Justiça suspende sigilo do caso Pandora
ReproduçãoA juíza Cláudia Longobardi Campana cobrou à Gru Airport para que os tutores da cachorrinha Pandora, desaparecida no aeroporto Internacional de Guarulhos em 15 de dezembro, tenham maior acesso às filmagens do aeroporto.
O objetivo é auxiliar os tutores a terem ideia do paradeiro do pet, que estava em trânsito no terminal, durante a conexão de um voo da Gol Linhas Aéreas, de Recife (PE) para Navegantes (SC).
"A GRU airport já tinha sido obrigada a entregar o material, mas estava oferecendo que olhássemos 1 hora por dia as filmagens, o que levaria 23 anos para ver as 9.000 horas gravadas", explicou o advogado Leandro Petraglia, representante do casal que viajava com Pandora.
O pet viajava em uma caixa transportadora no porão da aeronave.
Na decisão, a Juíza determinou o direito de acesso às filmagens por 8 horas diárias, para que os tutores e o grupo de auxílio nas buscas avaliem as gravações.
A decisão foi tomada na noite da última quarta-feira (19) e hoje (20) os tutores, acompanhados do advogado, já acompanham as filmagens nas instalações do GRU Airport.
A magistrada também retirou o sigilo do processo por entender que a situação acabava por prejudicar o interesse público do caso.
"É uma pequena vitória comparado ao que já tinhamos, mas agora ficou regulamentada a apresentação das câmeras e fixada multas de R$ 15.000,00 por dia se descumprirem", disse Petraglia.
O desaparecimento de Pandora sensibilizou moradores e grupos da região de Guarulhos e São Paulo. A jornalista Lidiane Shayuri, da Record TV, acredita que a cachorrinha possa ter sido avistada próximo ao condomínio onde reside, na Zona Norte de SãoPaulo. Shayuri encomendou 5 mil panfletos e 20 banners com recursos próprios, na tentativa de incentivar pessoas a localizarem Pandora.
"Acredito que ajuda para a distribuição não vai faltar! Nas redes sociais e no convívio diário encontro muita gente pessimista, mas há pessoas incríveis e com muita empatia. Devo receber todo o material até o fim da semana e entre plantão e vida familiar, pretendo percorrer com ou sem ajuda estabelecimentos como supermercados, comunidades, empresas de motoboy, de gás e outros pontos em uma distancia de aproximadamente 35 quilômetros. O trabalho de formiguinha é pela maior recompensa: ver o Reinaldo e a Pandora juntos de novo", afirmou.
Uma recompensa de R$ 1.000,00 foi oferecida pelos tutores de Pandora para quem localizar a cachorrinha.
Recompensa por Pandora
ReproduçãoA jornalista vai tentar sensibilizar a companhia aérea a somar esforços nas buscas por Pandora.
"Venha Gol, venha e faça a diferença! Não é porque houve erro, que a situação não pode ser melhorada"!
Em comunicado enviado ao Blog em 6 de janeiro, a Gol se pronunciou da seguinte forma:
A GOL se solidariza com o sofrimento do tutor da Pandora. Entendemos a dor de alguém que se
vê subitamente separado de seu animal de estimação e sabemos que os laços de afeto que
desenvolvemos com os pets são algo extremamente importante em nossas vidas. Assim,
lamentamos profundamente o incidente ocorrido, no qual a cachorrinha Pandora escapou da
caixa de transporte durante a conexão entre dois voos.Imediatamente após a constatação deste
triste episódio, passamos a empreender uma série de medidas para, ao mesmo tempo, amparar
e reduzir o sofrimento do tutor do animal, além de acionar diferentes meios para tentar
localizar o paradeiro da Pandora.
Toda a estrutura de hospedagem, alimentação e transporte necessárias para acomodar o
Cliente e sua acompanhante, próximos ao local do incidente e assim facilitar as buscas, foi
providenciada e custeada pela Companhia desde 15 de dezembro de 2021 e, em função de uma
determinação judicial permanecerá assim por mais 30 dias, contados a partir de 5 de janeiro.
Adicionalmente, apesar de declinada pelo Cliente e sua acompanhante, foi disponibilizada a
ambos assistência psicológica profissional.
Em paralelo, a GOL contratou duas empresas especializadas no rastreamento profissional de
cães e outros pets desaparecidos. A primeira delas foi a “Busca Pet” - http://busca.pet/, que
conta com cães farejadores e que atuou incansavelmente desde o primeiro dia até quando foi
possível seguir os rastros que poderiam levar à localização da Pandora (conforme relatou a
própria empresa, depois de alguns dias os rastros foram apagados pelas fortes chuvas). A Busca
Pet está mantida em sobreaviso caso surja qualquer nova pista que possibilite que os serviços
possam ser retomados.
A segunda empresa acionada foi a “Alerta Pet”, que presta serviços de divulgação de casos de
cães perdidos e cuja contratação segue mantida pela GOL até o final de janeiro. Foi feita a
afixação de cartazes ao longo da área em que Pandora poderia ter escapado, bem como nas
redes sociais, em páginas de busca de pets e por anúncios feitos por geolocalização para
Guarulhos e região. Além do auxílio profissional e especializado, a GOL também tem mobilizado
voluntários da própria Companhia nessa busca.
Face a este infeliz incidente, a GOL se mantém aberta a tratativas com o tutor da Pandora
quando ele assim desejar, e se coloca totalmente à disposição para apoiar iniciativas adicionais
que efetivamente possam ajudar a encontrar a cachorra além de buscar reparar materialmente
e moralmente o dano causado.
A Companhia mantém um grupo de trabalho permanente, dedicado a participar de estudos e
fóruns que possam resultar em melhorias contínuas de processos, normas e protocolos. Nos
comprometemos a, à luz desse triste caso, revisar todas as etapas que envolvem o transporte
anual de cerca de 200 mil pets a fim de aprimorá-lo, evitando que situações como essa jamais
possam voltar a acontecer.
Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.