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Falta de pilotos nos EUA deixa 40% da frota no chão

Escassez de profissionais - 'Pilot Shortage' - força companhias aéreas a cortar voos na alta temporada de verão

Luiz Fara Monteiro|Do R7

Comandante Mireli Rinaldi com o piloto colombiano Simon Pinzon
: conversão de licença brasileira para a americana
Comandante Mireli Rinaldi com o piloto colombiano Simon Pinzon : conversão de licença brasileira para a americana Comandante Mireli Rinaldi com o piloto colombiano Simon Pinzon : conversão de licença brasileira para a americana

A falta de pilotos nos Estados Unidos é uma realidade e mantem 40% da frota de Aeronaves das Empresas Aereas a ficar no chão.

O país enfrenta sua pior escassez de profissionais de todos os tempos, forçando as companhias aéreas a cortar voos na alta temporada de verão, que deve superar os níveis de 2019.

As empresas têm lutado por soluções, e mesmo com o atual número de pilotos ao redor do mundo solicitando o Green Card (residência permanente - EB2-NIW), estudos demonstram que ainda por 15 anos haverá falta de mão-de-obra.

Aéreas como a Republic airways, uma companhia aérea regional, recentemente solicitou uma isenção para a regra de 1.500 horas para a contratação de pilotos com apenas 750 horas. O Governo estuda também a possibilidade em aumentar a idade de aposentadoria obrigatória para pilotos de Linha Áerea de 65 para 67 anos ou até mais alto para aliviar a escassez, cerca de um terço dos pilotos de avião nos EUA têm entre 51 e 59 anos.

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A regra de 1.500 horas passou a ser em 2009 depois que a FAA aumentou o número mínimo de horas de voo necessárias para obter uma licença de piloto de transporte aéreo (ATPL) de 250 para 1.500 como resultado das conclusões da investigação do voo 3407 da Conexão Continental (operando como Colgan Air Flight 3407).

A CEO da Consultoria FLY, Comandante Paula Soffo, explica:

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"A escassez de pilotos para a indústria é real, e a maioria das companhias aéreas simplesmente não serão capazes de realizar seus voos, por falta de capacidade, porque simplesmente não há pilotos suficientes, pelo menos não para os próximos cinco anos. Tivemos o aumento na procura pelos processos de Green Card por pilotos Brasileiros vislumbrando oportunidades de morar e trabalhar legalmente nos EUA. O escritório que nós representamos no Brasil teve 100% das aprovações de todos os processos de pilotos submetidos ao governo Americano”.

A United Airlines afirmou que tem aproximadamente 150 aeronaves em solo paradas por causa da escassez.

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Grande parte da situação atual pode ser atribuída à pandemia COVID-19. As companhias aéreas cessaram a contratação de pilotos e distribuíram pacotes de aposentadoria antecipada.

Essas empresas americanas estão olhando para a contratação de mais de 12.000 pilotos combinados este ano, mais que o dobro do recorde anterior em contratações anuais.

“Somente no ano de 2022, nós atendemos cerca de uma centena de pilotos estrangeiros que fizeram a conversão das suas licenças de voo para o FAA. As próximas duas turmas já estão esgotadas, havendo vagas somente a partir de agosto, e a demanda deve aumentar nos próximos meses” diz, o CEO da Jetway Aviation Training, Comandante Armando Petri, da empresa de treinamento para pilotos nos EUA.

A escassez que afeta as grandes companhias aéreas como United, American e Delta tem efeitos muito maiores nas empresas regionais. Algumas , como a American, iniciaram suas próprias companhias aéreas regionais em uma tentativa de cortar custos e contratar mais pilotos. A Envoy, uma transportadora regional de propriedade integral da American Airlines, iniciou programas onde os pilotos podem continuar a trabalhar para a American Airlines depois de atingir um certo número de horas ou a companhia recrutá-los. No entanto, esse número de horas vem caindo nos últimos anos, à medida em que a aérea os recruta mais cedo. Situação que deixou a empresa sem pilotos. E não é a única aérea regional nesta situação.

“Estive em treinamento nos EUA, em apenas 15 dias realizei todo meu treinamento teórico e pratico no simulador do Airbus A320 incluindo a avaliação do FAA para a conversão das minhas licenças. O processo é simples! “, diz a piloto de linha aérea, Comandante Mireli Rinaldi, cliente da Consultoria FLY, empresa representante da Jetway no Brasil, que realizou a conversão de suas licenças de piloto brasileira para licença de voo americana.

A escassez torna o momento favorável para aqueles pilotos que desejam morar e trabalhar legalmente nos EUA. A American Airlines, uma das maiores companhias aéreas do mundo, anunciou em abril último a abertura de contratação de 2000 pilotos para o ano de 2022.

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