O blogueiro bolsonarista Oswaldo Eustáquio, preso na manhã desta terça-feira (17) em Brasília, já colocou a tornozeleira eletrônica.
A informação foi repassada por seu advogado, que informou também que Eustáquio está, neste momento, seguindo para casa, onde ficará recolhido.
Eustáquio foi preso após determinação do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes.
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O magistrado apontou que o blogueiro descumpriu medidas cautelares impostas pelo STF na época de sua primeira prisão, no inquérito sobre atos antidemocráticos, como a proibição de deixar Brasília sem autorização prévia da Justiça e de usar as redes sociais.
Eustáquio já foi preso anteriormente no âmbito do inquérito dos atos antidemocráticos. Ele é investigado por integrar suposta organização que visava obter ganhos financeiros com manifestações que pediam a volta da ditadura militar.
Depois de ser solto, o blogueiro foi proibido de ter contato com pessoas indiciadas no processo, como a extremista Sara Giromini. Além disso, foi proibido também de frequentar redes sociais, de se aproximar a menos de 1 km da Praça dos Três Poderes, em Brasília, e de deixar o Distrito Federal sem autorização prévia da Justiça.
Leia a nota da defesa de Eustáquio na íntegra:
“Em nota, a Assessoria de Imprensa do jornalista Oswaldo Eustáquio informa que a prisão é ilegal, imoral e inconstitucional por crime de opinião, sendo assim rasgada a Constituição Brasileira. De acordo com o documento enviado pelo ministro Alexandre de Moraes, o motivo da prisão se trata pela reportagem que ele fez denunciando o laranjal do Boulos, desta forma, atirando no mensageiro. A Justiça brasileira ainda não investigou o laranjal de Boulos e também o laranjal do PSL, o crime que denunciado pelo deputado federal Nereu Crispim, que revela uma questão de segurança nacional que ainda não foi apurado pela douta procuradoria. O jornalista Oswaldo Eustáquio lamenta mais essa arbitrariedade e diz que vai denunciar tudo isso à Comissão Interamericana dos Direitos Humanos. Diz ainda que está de cabeça erguida, porque sabe do trabalho patriótico pelo Brasil e espera que a justiça apure tanto as denúncias do deputado Nereu Crispim tanto quanto as denúncias da empresa fantasma de Boulos em São Paulo, um escândalo de corrupção”.