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Assessor diz que estava arrumando terno e nega gesto racista

"Quero deixar claro que tenho ascendência judaica e jamais utilizaria qualquer símbolo que remeta ao nazismo", disse Martins

R7 Planalto|Plínio Aguiar, do R7

Na imagem, assessor Filipe Martins faz gesto
Na imagem, assessor Filipe Martins faz gesto Na imagem, assessor Filipe Martins faz gesto

O assessor especial para assuntos internacionais da Presidência da República, Filipe Martins, disse nesta quinta-feira (25) que estava arrumando o terno e negou que tenha gesticulado gesto obsceno e racista durante sessão realizada na última quarta-feira (24) no Senado Federal.

“Quero deixar claro que tenho ascendência judaica e que jamais utilizaria qualquer gesto ou símbolo que remeta ao nazismo, responsável ao lado de outros ideologias totalitárias pelos fatos mais nefastos da história da humanidade, sendo motivo especial de sofrimento para o meu povo e para os meus antepassados. Como então eu iria usar esse símbolo abominável? Nunca”, afirmou.

O assessor de Bolsonaro gesticulou sinal que pode ser considerado como obsceno e racista, uma vez que é ligado ao movimento de supremacistas brancos. O episódio foi advertido pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e ocorreu durante sessão com a participação do ministro Ernesto Araújo (Relações Exteriores).

A Polícia Legislativa abriu uma investigação contra Martins. O episódio foi capturado pelas imagens da TV Senado. Para o assessor, contudo, “está nítido que estou passando a mão em meu terno e depois arrumando sua lapela, para remover os vincos que havia nela”.

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“É inacreditável como falsas narrativas ganham proporções enormes e se espalham de forma muito rápida, tentando destruir reputações construídas cuidadosamente ao longo de anos. Não permitirei que isso ocorra comigo. Vou trabalhar arduamente, tanto na esfera comunicacional como na jurídica, para restabelecer a verdade”, argumenta.

Martins disse, ainda, que irá processar “cada um que o acusou nas redes sociais e na imprensa”.

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O gesto feito pelo assessor é o mesmo adotado pelo autor do massacre contra duas mesquitas em Christchurch, na Nova Zelândia. Na ocasião, o supremacista assassinou 51 pessoas. Durante o tribunal, ele fez o símbolo de OK, associado às letras W e P, de White Power (poder branco).

Recentemente, o gesto foi classificado pela Liga Anti Difamação (ADL, em inglês), principal entidade de combate ao antissemitismo dos Estados Unidos da América, como um sinal utilizado por supremacistas brancos para se identificarem.

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