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Caso Covaxin: ministro pede para chefe da PF abrir inquérito

Vacina indiana contra a covid-19 teve contrato suspenso após denúncias de supostas irregularidades no contrato de aquisição

R7 Planalto|Clébio Cavagnolle, da Record TV

Na imagem, ministro Anderson Torres (Justiça)
Na imagem, ministro Anderson Torres (Justiça) Na imagem, ministro Anderson Torres (Justiça)

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, pediu nesta terça-feira (29) ao chefe da PF (Polícia Federal), Paulo Maiurino, que abra um inquérito para apurar as possíveis irregularidades no contrato de compra da vacina indiana contra a covid-19 Covaxin.

A informação foi confirmada por fontes ligadas ao Ministério da Justiça e Polícia Federal. O inquérito, por sua vez, ainda não foi aberto. Cabe ao chefe da instituição determinar a abertura da investigação.

Ainda nesta terça-feira (29), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, decidiu suspender a compra da vacina Covaxin, alvo de investigação do MPF (Ministério Público Federal) e da CPI da Covid por supostas irregularidades no contrato de R$ 1,6 bilhão.

A vacina é a mais cara entre as negociadas pelo governo brasileiro e ganhou destaque após Luis Ricardo Miranda, chefe de importação do Departamento de Logística do Ministério da Saúde, apontar ao MPF pressões para o fechamento do contrato de compra da Covaxin.

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Maior preço

O contrato de R$ 1,6 bilhão foi firmado com a Precisa Medicamentos, representante do laboratório indiano Bharat Biotech no Brasil. O governo brasileiro aceitou pagar US$ 15 por dose (R$ 80,70, na cotação da época) – a mais cara das seis vacinas compradas até agora. A dose da AstraZeneca, por exemplo, custou ao governo US$ 3,16 - R$ 15,89 - na cotação desta terça-feira, e a da Pfizer, que tem uma tecnologia mais avançada, US$ 10 (R$ 50,27). Além disso, as outras fabricantes já concluíram os testes de seus imunizantes, enquanto a fase 3 da Covaxin ainda está em andamento.

Notícia-crime

Os desdobramentos em relação à compra da Covaxin têm ocorrido especialmente no âmbito da CPI da Covid. Na última sexta (25), o denunciante Luis Ricardo Miranda e seu irmão Luis Miranda, que é deputado federal do Distrito Federal pelo DEM, prestaram depoimento à CPI. Eles relatam que avisaram em março o presidente Jair Bolsonaro sobre os fatos envolvendo a compra da vacina. Luis Miranda afirma que o presidente teria respondido se tratar de "coisa" do deputado Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo na Câmara e também líder do bloco parlamentar conhecido como Centrão, que apoia o presidente Jair Bolsonaro. Barros é ainda ex-ministro da Saúde.

As informações relatadas fizeram o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), vice-presidente da CPI da Covid, protocolar na segunda-feira (28) notícia-crime, assinada também por outros senadores, por prevaricação contra o presidente Jair Bolsonaro. O processo será relatado pela ministra Rosa Weber, do STF (Supremo Tribunal Federal), e foi encaminhado à PGR (Procuradoria-Geral da República) para manifestação.

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