Às vésperas de deixar o cargo, o corregedor-geral do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ministro Luis Felipe Salomão, solicitou, nesta segunda-feira (25), ao STF (Supremo Tribunal Federal) o compartilhamento de provas do inquérito que investiga fake news e milícias digitais.
A solicitação foi encaminhada ao ministro Alexandre de Moraes, relator dos casos. O inquérito do TSE foi aberto para investigar os ataques do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ao sistema eletrônico de votação. Na época, Salomão deu prazo de 15 dias para que Bolsonaro explicasse as declarações sobre fraudes nas urnas eletrônicas, o que não ocorreu.
No documento enviado ao STF, o corregedor-geral lista algumas linhas de investigação que necessitam de exame em relação aos respectivos desdobramentos, como a realização de ataques à Justiça Eleitoral nos atos preparatórios e no dia 7 de setembro, bem como eventual propaganda política antecipada; e as lives de ataques ao sistema eleitoral e respostas aos ofícios encaminhados.
Salomão ressalta ainda que levou em consideração que o inquérito em questão poderá resultar em futuras ações eleitorais relativas às eleições de 2022, a serem julgadas pela Corte.