Na imagem, Julian Rocha Pontes
Divulgação Polícia Militar do Distrito FederalDemitido do cargo após tomar vacina contra a covid-19, o ex-comandante-geral da Polícia Militar do Distrito Federal Julian Rocha Pontes afirmou nesta sexta-feira (2) que a imunização não foi ilegal.
“Em nenhum momento furei os critérios estabelecidos para a vacinação, sendo vacinado dentro das doses remanescentes, após o término do período regular e sob a coordenação do funcionário da Secretaria de Saúde”, afirmou Pontes.
O ex-comandante argumenta que, em mais de trinta anos de carreira, não houve nenhum registro que desabonasse sua trajetória e acolheu a decisão de exoneração, dada pelo governador Ibaneis Rocha (MDB-DF), a quem agradeceu pela confiança depositada nesse período.
A exoneração de Pontes foi publicada no Diário Oficial na tarde desta sexta-feira (2). A vacinação dos profissionais das forças de segurança do Distrito Federal começará a partir da próxima segunda-feira (5). Entram nessa lista servidores da PM, Civil e Federal, Detran, Corpo de Bombeiros e membros que apoiam o decreto das medidas restritivas.
No entanto, integrantes da cúpula da Polícia Militar do DF já foram imunizados, isso porque os membros teriam aproveitado uma mudança nas regras de utilização de doses remanescentes, chamadas de xepas.
A mudança foi habilitada após a publicação de uma circular da Secretaria de Saúde. O documento determina o uso das doses que sobraram nos profissionais das forças de segurança pública que exercem atividades de rua, com apoio nas fiscalizações diuturnamente no combate às aglomerações, nas distribuições e escoltas das vacinas, na segurança e manutenção da ordem nos postos de cacinas, entre outros.
De acordo com o ex-comandante-geral, outros policiais também foram vacinados contra a covid-19, seguindo a mesma mudança na imunização. Até a publicação desta reportagem, apenas Pontes havia sido demitido do cargo.
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