Articuladores do governo correm contra o tempo para poder votar a PEC dos Precatórios, que abre espaço para o pagamento do Auxílio Brasil de R$ 400, ainda nesta semana no Senado. A matéria está na pauta da sessão deliberativa do plenário às 16 horas desta terça-feira (30), mas só irá a plenário depois de passar pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), que terá a sua primeira reunião às 9h de amanhã.
O líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-CE), e relator da PEC, tem uma reunião nesta segunda (29) com o líder do PSD, senador Nelsinho Trad (PSD-MS), para expor o resultado da consulta que fez ao governo sobre as reividicações do partido. Após essa conversa, Trad levará os pontos à bancada, que vai decidir o voto na proposta. Na quinta-feira, terminou sem acordo uma reunião entre Bezerra e senadores da bancada.
O PSD, partido do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, tem a segunda maior bancada na Casa e está dividido quanto ao texto atual. As duas principais reividicações da legenda são a retirada dos precatórios do Fundef do teto de gastos e a vinculação da desoneração da folha de pagamento ao espaço fiscal que será aberto com a aprovação da PEC.
Atender às demandas do PSD é crucial para o governo, pois a bancada tem 12 senadores. Como a proposta já enfrenta a restrição de senadores oposicionistas e independentes, o governo não conseguiria, no cenário atual, chegar aos 49 votos necessários em plenário para aprovar a proposta em plenário. Podemos e PT já fecharam questão contra o texto e há resistências no PSDB e até o MDB, a maior bancada da Casa.