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Durante 15 dias, o Repórter Record Investigação investigou a face obscura e deplorável da prostituição em Recife, capital de Pernambuco. Meninas, grávidas e mulheres de várias idades fazem programas em manguezais nas piores condições de saúde pública. Para conseguir sobreviver e, principalmente, consumir crack, elas chegam a vender o corpo por apenas R$ 5
Reprodução / Rede Record
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As praias e a arquitetura atraem milhares de turistas do mundo todo para Recife. Mas, quando cai a noite, surge outro lado, também muito conhecido pelos visitantes. A cidade é um dos maiores pontos de turismo sexual do Nordeste
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É nos manguezais, às margens do rio Capibaribe, que a prostituição mostra seu lado mais obscuro. E a região fica bem próxima aos principais centros do poder no Recife
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A região é tomada por mulheres jovens, outras mais velhas e também travestis. Na calçada, elas abordam todos que passam pela avenida. Quando conseguem fisgar alguém, vão direto para o mangue
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As mulheres se prostituem e também moram no mangue. Todas pelo mesmo motivo: a dependência do crack. Algumas chegam a cobrar apenas R$ 5 pelo programa, só para ter dinheiro para comprar a droga
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O lugar é perigoso e o tráfico de drogas acontece em plena luz do dia. Os roubos são frequentes e existem até relatos de assassinatos por lá
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A equipe de reportagem se arriscou e entrou no mangue. Lá, conheceu histórias impressionantes de mulheres que vivem em condições desumanas e fazem de tudo para manter o vício no crack
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Regina, de 42 anos, passa noites em claro para conseguir dinheiro para comer e comprar drogas
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Ela é soropositiva e revela que alguns clientes oferecem mais dinheiro para fazer sexo sem camisinha
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Raíssa também trabalha no mangue e diz que é uma "profissional do sexo". Ela ainda não se libertou da infância e nem das drogas
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Apesar da pouca idade e da precariedade, é mãe de uma menina de um ano. Enquanto trabalha, a criança fica com a tia dela
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Tia e sobrinha representam duas gerações de mulheres do mangue. Gilcéia, de 60 anos, desde muito nova já se envolvia com drogas e prostituição. Hoje, garante que abandonou o vício e trabalha como catadora de recicláveis
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Paula expõe as cicatrizes da violência que sofreu de um cliente enfurecido
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Ela levou uma facada durante um programa e quase perdeu a vida. Mãe de dois filhos, ela não ajuda no sustento e na criação deles
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A gravidez não impede que as mulheres continuem o trabalho no mangue. Esta, que não quis ser identificada, está com nove meses de gestação, mas se prostitui para comprar crack
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Ela tem 32 anos, é casada e tem seis filhos. Não quer mostrar o rosto pois teme que a família descubra como ela consegue dinheiro para manter o vício
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Ana Carla também espera o sétimo filho e não sabe quem é o pai de nenhum deles. Três crianças moram com a avó, as outras foram doadas. Ana Carla se emociona ao falar dos filhos e diz que sonha com o dia em que vai conseguir deixar o mangue e o vício
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Transtornada pelos efeitos do crack, Rayanne está grávida, mas passa dias sem comer absolutamente nada. Ninguém sabe qual será o futuro dela e do filho, e ela se emociona por não conseguir enxergar um futuro bom
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Xarlene mora com a mãe, o irmão e a cunhada numa casa espaçosa em Olinda, mas passa pouco tempo por lá. Viciada em crack, ela fica dias fora, mas sempre volta e é acolhida pela família
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Ela não sabe até quando vai conseguir sustentar essa vida, mas não teme a morte. "Não tenho medo, eu já me mato. Já estou morta usando drogas", diz ela
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Mas as drogas e a prostituição não são sentenças definitivas e Angélica é a prova viva disso. Há bem pouco tempo, ela vivia no mangue, onde se prostituía e usava crack
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Por ironia do destino, foi um traficante que a salvou. Aldemir se recusava a vender drogas para Angélica. Ele abandonou a vida do crime e hoje luta para deixar a mulher longe do crack
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Hoje, Angélica é voluntária no projeto que a ajudou a largar o vício. O fantasma do crack ainda a assombra, mas o marido e a filha a fazem se manter firme. Depois de muito tempo, ela conseguiu voltar a olhar para o mangue, mas de um jeito bem diferente do que estava acostumada.
— Hoje é com dignidade e com a cabeça erguida!
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