Logo R7.com
Logo do PlayPlus
Publicidade

Onda de estupros em transporte público choca o Rio; número de casos se mantém elevado em 2013

Foram registrados quase 4.000 estupros no Estado do Rio até agosto, segundo ISP

Retrospectiva 2013|Do R7

Publicidade
O Rio de Janeiro manteve em 2013 números tão elevados de estupro quanto em 2012. Até agosto, ocorreram 3.989 casos em todo Estado, contra 3.988 em 2012, de acordo com o ISP (Instituto de Segurança Pública). O maior crescimento foi no interior do Estado, com 1.296 episódios de violência sexual contra 1.131 no ano passado. Um dos casos mais chocantes foi a morte da menina Rebeca, de 9 anos. O corpo dela foi encontrado na manhã de 29 de setembro em um beco na Rocinha, na zona sul do Rio. A criança foi violentada e, em seguida, morta por estrangulamento. O suspeito foi preso cinco dias depois do crime. Elder Marinho confessou o crime. Enquanto aguarda o julgamento, ele vem sendo mantido isolado de outros detentos no Complexo Penitenciário de Gericinó
A menina Rebeca brincava com amigos na Rocinha quando desapareceu. Ela foi levada por Elder Marinho para um beco. O homem arrastou a menina para trás de um monte de terra, onde cometeu o crime sem que pudesse ser visto por moradores. Em seguida, Elder usou uma escada para fugir por cima das casas. Na imagem acima, o pai da vítima aponta o local do assassinato. O estuprador já tinha cometido estupro a uma menor de idade quando morava no Ceará. Na ocasião, ele era menor de idade e foi solto após cumprir medida sócio-educativa. A subsecretária estadual de Políticas para as Mulheres, Adriana Mota, disse, em entrevista ao R7, que a maioria dos estupradores não costumam atacar uma vítima só, mas várias, em diferentes ocasiões. Ela orienta as mulheres a procurar as delegacias assim que ocorrer a violência. Afinal, quanto mais mulheres reconhecerem o mesmo agressor, maior será a pena Adriana acredita que o processo de pacificação das favelas tem ajudado a capturar aos autores das agressões, já que, segundo ela, a presença dos policiais militares estimula as moradoras a pedir ajuda. O telefone 180 é voltado para o atendimento à mulher. O Estado do Rio ainda tem diversos centros de apoio a mulheres vítimas de violência, como os localizados em Manguinhos, em Nova Iguaçu e no centro do Rio
Uma onda de estupros em transportes coletivos entre março e maio deixou passageiros apreensivos no Rio de Janeiro. Na avenida Brasil, um adolescente de 16 anos entrou armado em um ônibus da linha 369 e anunciou um assalto. Após roubar objetos de valor, ele escolheu uma mulher e a separou dos outros passageiros, a fim de cometer um estupro. Ele fugiu depois de violentar a moça. A polícia usou a câmera de monitoramento do coletivo para identificar e apreender o suspeito, que, por ser adolescente, só poderá permanecer detido por três anos em uma unidade sócio-educativa. Na delegacia, ele sorriu e debochou da vítima. Ainda de acordo com a subsecretária Adriana Mota, a orientação para vítimas de estupro é para que procurem imediatamente um posto de saúde. Quem sofre a agressão pode contrair uma série de doenças, como HIV, sífilis e hepatite, além da possibilidade de engravidar. Quanto maior a demora na procura por ajuda médica, maiores serão os riscos à saúde
Em 30 de março, uma turista americana foi estuprada e torturada dentro de uma van. Ela entrou no coletivo na zona sul disposta a desembarcar na Lapa para curtir uma noite de diversão ao lado do namorado francês. Mas o trajeto se transformou em uma viagem de terror para o casal até São Gonçalo, na região metropolitana do Rio. Segundo as investigações, a vítima foi estuprada diversas vezes por três homens e por um adolescente. O namorado dela foi alvo de pancadas e obrigado a assistir aos abusos sexuais. O casal ainda foi forçado a tentar sacar dinheiro em um caixa eletrônico em São Gonçalo, sem sucesso. Conforme o namorado da vítima contou à polícia, os criminosos “riam sarcasticamente durante todo o tempo”
Três homens suspeitos de estuprar a americana foram presos e condenados em 15 de agosto. O juiz Guilherme Schilling Pollo Duarte sentenciou Jonathan Froudakis de Souza e Walace Aparecido Souza Silva a 49 anos, três meses e 11 dias de prisão (cada um) pela prática dos crimes de roubo majorado, estupro e extorsão. Carlos Armando Costa dos Santos foi condenado a 21 anos e sete meses de reclusão por estupro e extorsão. Um menor que participou do crime foi apreendido. Após o estupro da americana, o prefeito Eduardo Paes proibiu no início de abril a utilização de películas para escurecer os vidros de vans de transporte alternativo no Rio de Janeiro. Além de dar mais segurança aos passageiros, a medida foi adotada para tornar mais claro para os fiscais a lotação dos veículos, já que muitos motoristas mantêm o hábito de possibilitar a entrada de mais passageiros do que o permitido. Ainda em decorrência da violência contra a estrangeira, o Ministério de Relações Exteriores da França publicou em seu site recomendações de segurança a turistas franceses, sobretudo mulheres em viagem ao Rio de Janeiro. O comunicado, postado em 3 de abril, desaconselhava franceses a usar, à noite, o transporte público, em particular miniônibus. “É recomendável priorizar o táxi para deslocamentos”, dizia o texto
Uma menor de 14 anos, grávida, foi estuprada por traficante do morro do Banco, no Itanhangá, zona oeste do Rio, na noite de 28 de outubro. Dois rapazes homossexuais, um de 18 anos e um menor, amigos da vítima, foram torturados pelo bando. Segundo a polícia, os bandidos desconfiaram que as vítimas, que antes moravam na Rocinha, seriam informantes de traficantes da comunidade da zona sul. Por isso, decidiram torturar o grupo. As duas favelas são chefiadas por facções rivais.  Este caso configurou uma exceção, conforme entende Cristiana Honorato, delegada titular de Delegacia Especial de Atendimento a Mulher de Duque de Caxias . Ela afirmou ao R7 que é difícil que mulheres sejam abordadas quando estão em grupo. A maior parte dos ataques acontecem quando elas caminham sozinhas. — A nossa orientação é para que as mulheres evitem sair sozinhas à noite ou de madrugada. Uma menina saindo do baile funk, por exemplo, fica muito vulnerável. É claro que a gente não poder chegar para uma mulher que foi atacada e dizer: ‘você não deveria ter saído sozinha’. As pessoas têm o direito de ir e vir sem ser molestada. Mas, infelizmente, para evitar situações desse tipo, é bom ter precaução 
Uma adolescente de 17 anos foi vítima de um estupro coletivo ao sair de um baile funk em agosto no morro da Mineira, na região central do Rio, comunidade que é pacificada desde 2011. A menor estava acompanhada por uma amiga, que conseguiu fugir. Ela contou a policiais que foi obrigada a fazer sexo com o grupo, além de ter sido espancada. Segundo a moça, a violência só parou quando um morador apareceu. A delegada Cristiana Honorato acredita que o número de registros de estupro no Rio de Janeiro se mantém alto porque, nos últimos anos, as mulheres ganharam mais coragem para denunciar. — Estou notando que as vítimas estão vindo mais. Antigamente elas tinham vergonha de procurar a polícia. Às vezes vêm mulheres aqui dizendo que foi estuprada há 10 anos e só agora está tendo coragem. A imprensa também é importante nesse contexto, porque os jornalistas estão acompanhando, estão de frente, cobrando
Outro caso marcante de estupro coletivo ocorreu em 23 de março, na saída de uma confraternização entre torcedores do Fluminense, na zona oeste do Rio. Uma mulher aceitou uma carona e entrou em um carro com quatro homens. Segundo ela, os criminosos a levaram para uma casa e a estupraram. “Eles faziam fila e filmavam tudo”, contou a vítima. Como medida para aumentar o combate à violência contra a mulher, Adriana Mota, subsecretária estadual de Políticas para as Mulheres, afirmou que em 2014 o Estado do Rio vai ganhar dois ônibus adaptados para atendimento itinerante às vítimas. Os veículos vão rodar principalmente no interior do Estado, onde não há delegacias especializadas

1 / 8

O Rio de Janeiro manteve em 2013 números tão elevados de estupro quanto em 2012. Até agosto, ocorreram 3.989 casos em todo Estado, contra 3.988 em 2012, de acordo com o ISP (Instituto de Segurança Pública). O maior crescimento foi no interior do Estado, com 1.296 episódios de violência sexual contra 1.131 no ano passado. Um dos casos mais chocantes foi a morte da menina Rebeca, de 9 anos. O corpo dela foi encontrado na manhã de 29 de setembro em um beco na Rocinha, na zona sul do Rio. A criança foi violentada e, em seguida, morta por estrangulamento. O suspeito foi preso cinco dias depois do crime. Elder Marinho confessou o crime. Enquanto aguarda o julgamento, ele vem sendo mantido isolado de outros detentos no Complexo Penitenciário de Gericinó
A menina Rebeca brincava com amigos na Rocinha quando desapareceu. Ela foi levada por Elder Marinho para um beco. O homem arrastou a menina para trás de um monte de terra, onde cometeu o crime sem que pudesse ser visto por moradores. Em seguida, Elder usou uma escada para fugir por cima das casas. Na imagem acima, o pai da vítima aponta o local do assassinato. O estuprador já tinha cometido estupro a uma menor de idade quando morava no Ceará. Na ocasião, ele era menor de idade e foi solto após cumprir medida sócio-educativa. A subsecretária estadual de Políticas para as Mulheres, Adriana Mota, disse, em entrevista ao R7, que a maioria dos estupradores não costumam atacar uma vítima só, mas várias, em diferentes ocasiões. Ela orienta as mulheres a procurar as delegacias assim que ocorrer a violência. Afinal, quanto mais mulheres reconhecerem o mesmo agressor, maior será a pena Adriana acredita que o processo de pacificação das favelas tem ajudado a capturar aos autores das agressões, já que, segundo ela, a presença dos policiais militares estimula as moradoras a pedir ajuda. O telefone 180 é voltado para o atendimento à mulher. O Estado do Rio ainda tem diversos centros de apoio a mulheres vítimas de violência, como os localizados em Manguinhos, em Nova Iguaçu e no centro do Rio
Uma onda de estupros em transportes coletivos entre março e maio deixou passageiros apreensivos no Rio de Janeiro. Na avenida Brasil, um adolescente de 16 anos entrou armado em um ônibus da linha 369 e anunciou um assalto. Após roubar objetos de valor, ele escolheu uma mulher e a separou dos outros passageiros, a fim de cometer um estupro. Ele fugiu depois de violentar a moça. A polícia usou a câmera de monitoramento do coletivo para identificar e apreender o suspeito, que, por ser adolescente, só poderá permanecer detido por três anos em uma unidade sócio-educativa. Na delegacia, ele sorriu e debochou da vítima. Ainda de acordo com a subsecretária Adriana Mota, a orientação para vítimas de estupro é para que procurem imediatamente um posto de saúde. Quem sofre a agressão pode contrair uma série de doenças, como HIV, sífilis e hepatite, além da possibilidade de engravidar. Quanto maior a demora na procura por ajuda médica, maiores serão os riscos à saúde
Em 30 de março, uma turista americana foi estuprada e torturada dentro de uma van. Ela entrou no coletivo na zona sul disposta a desembarcar na Lapa para curtir uma noite de diversão ao lado do namorado francês. Mas o trajeto se transformou em uma viagem de terror para o casal até São Gonçalo, na região metropolitana do Rio. Segundo as investigações, a vítima foi estuprada diversas vezes por três homens e por um adolescente. O namorado dela foi alvo de pancadas e obrigado a assistir aos abusos sexuais. O casal ainda foi forçado a tentar sacar dinheiro em um caixa eletrônico em São Gonçalo, sem sucesso. Conforme o namorado da vítima contou à polícia, os criminosos “riam sarcasticamente durante todo o tempo”
Três homens suspeitos de estuprar a americana foram presos e condenados em 15 de agosto. O juiz Guilherme Schilling Pollo Duarte sentenciou Jonathan Froudakis de Souza e Walace Aparecido Souza Silva a 49 anos, três meses e 11 dias de prisão (cada um) pela prática dos crimes de roubo majorado, estupro e extorsão. Carlos Armando Costa dos Santos foi condenado a 21 anos e sete meses de reclusão por estupro e extorsão. Um menor que participou do crime foi apreendido. Após o estupro da americana, o prefeito Eduardo Paes proibiu no início de abril a utilização de películas para escurecer os vidros de vans de transporte alternativo no Rio de Janeiro. Além de dar mais segurança aos passageiros, a medida foi adotada para tornar mais claro para os fiscais a lotação dos veículos, já que muitos motoristas mantêm o hábito de possibilitar a entrada de mais passageiros do que o permitido. Ainda em decorrência da violência contra a estrangeira, o Ministério de Relações Exteriores da França publicou em seu site recomendações de segurança a turistas franceses, sobretudo mulheres em viagem ao Rio de Janeiro. O comunicado, postado em 3 de abril, desaconselhava franceses a usar, à noite, o transporte público, em particular miniônibus. “É recomendável priorizar o táxi para deslocamentos”, dizia o texto
Uma menor de 14 anos, grávida, foi estuprada por traficante do morro do Banco, no Itanhangá, zona oeste do Rio, na noite de 28 de outubro. Dois rapazes homossexuais, um de 18 anos e um menor, amigos da vítima, foram torturados pelo bando. Segundo a polícia, os bandidos desconfiaram que as vítimas, que antes moravam na Rocinha, seriam informantes de traficantes da comunidade da zona sul. Por isso, decidiram torturar o grupo. As duas favelas são chefiadas por facções rivais.  Este caso configurou uma exceção, conforme entende Cristiana Honorato, delegada titular de Delegacia Especial de Atendimento a Mulher de Duque de Caxias . Ela afirmou ao R7 que é difícil que mulheres sejam abordadas quando estão em grupo. A maior parte dos ataques acontecem quando elas caminham sozinhas. — A nossa orientação é para que as mulheres evitem sair sozinhas à noite ou de madrugada. Uma menina saindo do baile funk, por exemplo, fica muito vulnerável. É claro que a gente não poder chegar para uma mulher que foi atacada e dizer: ‘você não deveria ter saído sozinha’. As pessoas têm o direito de ir e vir sem ser molestada. Mas, infelizmente, para evitar situações desse tipo, é bom ter precaução 
Uma adolescente de 17 anos foi vítima de um estupro coletivo ao sair de um baile funk em agosto no morro da Mineira, na região central do Rio, comunidade que é pacificada desde 2011. A menor estava acompanhada por uma amiga, que conseguiu fugir. Ela contou a policiais que foi obrigada a fazer sexo com o grupo, além de ter sido espancada. Segundo a moça, a violência só parou quando um morador apareceu. A delegada Cristiana Honorato acredita que o número de registros de estupro no Rio de Janeiro se mantém alto porque, nos últimos anos, as mulheres ganharam mais coragem para denunciar. — Estou notando que as vítimas estão vindo mais. Antigamente elas tinham vergonha de procurar a polícia. Às vezes vêm mulheres aqui dizendo que foi estuprada há 10 anos e só agora está tendo coragem. A imprensa também é importante nesse contexto, porque os jornalistas estão acompanhando, estão de frente, cobrando
Outro caso marcante de estupro coletivo ocorreu em 23 de março, na saída de uma confraternização entre torcedores do Fluminense, na zona oeste do Rio. Uma mulher aceitou uma carona e entrou em um carro com quatro homens. Segundo ela, os criminosos a levaram para uma casa e a estupraram. “Eles faziam fila e filmavam tudo”, contou a vítima. Como medida para aumentar o combate à violência contra a mulher, Adriana Mota, subsecretária estadual de Políticas para as Mulheres, afirmou que em 2014 o Estado do Rio vai ganhar dois ônibus adaptados para atendimento itinerante às vítimas. Os veículos vão rodar principalmente no interior do Estado, onde não há delegacias especializadas

O Rio de Janeiro manteve em 2013 números tão elevados de estupro quanto em 2012. Até agosto, ocorreram 3.989 casos em todo Estado, contra 3.988 em 2012, de acordo com o ISP (Instituto de Segurança Pública). O maior crescimento foi no interior do Estado, com 1.296 episódios de violência sexual contra 1.131 no ano passado. Um dos casos mais chocantes foi a morte da menina Rebeca, de 9 anos. O corpo dela foi encontrado na manhã de 29 de setembro em um beco na Rocinha, na zona sul do Rio. A criança foi violentada e, em seguida, morta por estrangulamento. O suspeito foi preso cinco dias depois do crime. Elder Marinho confessou o crime. Enquanto aguarda o julgamento, ele vem sendo mantido isolado de outros detentos no Complexo Penitenciário de Gericinó

  • estupros
  • 2013
  • rio
  • estupro
  • isp

Últimas

Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.