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Ação da Polícia Federal com MP prende 8 policiais civis acusados de tráfico e estelionato

Até as 18h, 17 pessoas haviam sido presas pela operação Cocite

Rio de Janeiro|Do R7 no Rio, com Agência Brasil

Agentes de segurança eram coniventes com venda de produtos falsificados
Agentes de segurança eram coniventes com venda de produtos falsificados Agentes de segurança eram coniventes com venda de produtos falsificados

Na manhã desta quinta-feira (4), oito policiais civis foram presos em ação conjunta da PF (Polícia Federal) com o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), do MPRJ (Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro). Segundo a PF, os policiais estão sendo ouvidos para serem, posteriormente, encaminhados ao sistema prisional estadual. Até as 18h, 17 pessoas haviam sido presas. 

O delegado de Volta Redonda, Elias Escobar, disse que as investigações da operação Cocite começaram em 2012, a pedido do Ministério Público, e foram instaladas com o objetivo de apurar denúncias de extorsões cometidas por policiais, mas se expandiram por outras vertentes, em virtude da intercomunicação entre os grupos, e todos tinham "relacionamento promíscuo" com os policiais presos.

Três grupos criminosos foram identificados: um, formado por traficantes que atuavam nas cidades de Barra Mansa, Volta Redonda, Juiz de Fora e cidades de São Paulo; outro, formado por nove policiais civis, acusados de extorsão e estelionato; e o terceiro grupo, que vendia produtos pirateados em mercados populares de Volta Redonda. O terceiro grupo ainda não foi denunciado pelo MP, mas alguns de seus integrantes estão sendo investigados.

A Delegacia de Polícia de Volta Redonda identificou que os comerciantes investigados vendiam produtos falsificados, com conivência dos agentes públicos de segurança. Ainda segundo o delegado Escobar, alguns dos policiais acusados de envolvimento no esquema já haviam sido transferidos para outras delegacias, após investigação da Corregedoria da Polícia Civil. Entretanto, como moravam na região, continuaram praticando crimes por lá.

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O promotor do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) Bruno Gaspar explicou que o núcleo criminoso, composto por policiais civis, “assombrou” a região sul fluminense por pelo menos oito anos.

— Identificamos já duas vítimas dos crimes de extorsão praticado por esse grupo de policiais, e temos convicção que nas próximas semanas outras vítimas, até então temerosas de denunciar esse grupo, vão relatar sobre as extorsões que sofriam. 

Escobar afirma que uma das vítimas extorquidas já havia sido presa por tráfico de drogas, no passado. Então, alguns policiais exigiram dele, mediante violência, aproximadamente R$ 100 mil. Caso contrário, eles forjariam nova prisão. Outra vítima alegou ter sofrido atentado, por parte dos policiais, e denunciou cada um dos participantes, nominalmente.

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