Um adolescente de 17 anos foi baleado durante uma operação do Bope (Batalhão de Operações Especiais) na Cidade de Deus na manhã desta quarta-feira (17). Segundo a Polícia Civil, às 17h, ele ainda permanecia no hospital. Por volta das 17h30, um novo tiroteio foi iniciado em outra localidade da comunidade. Agentes do Bope, BAC (Batalhão de Ação com Cães), Choque e da UPP da Cidade de Deus atuam na região.
O jovem ferido durante a ação é apontado pela polícia como suspeito de envolvimento com o tráfico. De acordo com o Bope, os policiais foram informados de que criminosos estavam refugiados em residências na localidade conhecida como Rocinha II. Durante as buscas na área, o adolescente foi atingido por um disparo e levado para o hospital Lourenço Jorge, na Barra, também na zona oeste. Com ele, agentes apreenderam um simulacro de arma de fogo.
Moradores relataram, na página do Facebook "Cidade de Deus Acontece" que a vítima estava em casa quando foi atingida e não teria envolvimento com o crime. Por volta das 14h, um grupo de populares iniciou um protesto na estrada dos Bandeirantes. Segundo o COR (Centro de Operações Rio), a via estava interditada por volta das 14h40 no sentido Taquara, altura do BRT Recanto das Palmeiras. O consórcio BRT informou que não houve alterações na circulação dos ônibus.
A Polícia Civil informou que as investigações estão em andamento na 32ª DP (Taquara) e que uma perícia foi feita no local. Agentes realizam procedimentos para apurar as circunstâncias em que o suspeito foi baleado.
A polícia apreendeu uma pistola, um carregador, um rádio transmissor, 44 munições, 03 carregadores de pistola, 6.930 sacolés de cocaína, 1.240 sacolés de maconha, 110 sacolés de crack e 420 frascos de cheirinho da loló.
A operação ocorreu após dois PMs ficarem feridos na noite de terça (16) quando criminosos atacaram a viatura próximo à comunidade. A troca de tiros no início da manhã provocou a suspensão das aulas na região. De acordo com a Secretaria Municipal de Educação, 12 escolas e 8 creches não funcionaram, deixando de atender cerca de cinco mil crianças e adolescentes.