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Alerj aprova contas de 2015 do governo Pezão

Contas já haviam sido aprovadas pelo Tribunal de Contas do Rio com ressalvas

Rio de Janeiro|

TCE recomenda que contas de 2016 sejam rejeitadas
TCE recomenda que contas de 2016 sejam rejeitadas TCE recomenda que contas de 2016 sejam rejeitadas

As contas do governo Luiz Fernando Pezão (PMDB) referentes a 2015 foram aprovadas em sessão nesta quinta-feira (8), com facilidade, por 43 votos a 18, na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio). O TCE (Tribunal de Contas do Estado) havia aprovado os números com ressalvas.

A votação abre caminho para a apreciação dos dados de 2016. No fim de maio de 2017, o TCE recomendou, em decisão unânime, a rejeição das contas de 2016 do governo do Rio. A presidente em exercício do TCE, conselheira Marianna Willeman, relatora do processo, apontou que o governo do Estado não cumpriu o repasse constitucional mínimo para ações e serviços de Saúde, além de outras três irregularidades.

De acordo com o parecer do Tribunal de Contas, o governo estadual destinou R$ 3,7 bilhões para a Saúde - equivalente a 10,42% das receitas próprias, em vez dos 12% determinados pela Constituição Federal. O parecer aponta ainda que o governo fluminense deixou de repassar R$ 840 milhões para o Fundeb (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação Básica) e descumpriu a transferência prevista na Constituição Estadual para a Faperj (Fundação de Amparo à Pesquisa).

O deputado Luiz Paulo (PSDB) entrou com um recurso na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Alerj em que pede a elevação do quórum para derrubar o relatório do TCE, neste caso desfavorável à gestão estadual, a dois terços. Dessa forma, o Poder Executivo estadual precisaria de 47 votos.

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A Alerj adota a maioria simples, mas Paulo quer emplacar o entendimento do STF (Supremo Tribunal Federal) em relação às prefeituras. Ele cogita recorrer ao TJ-RJ (Tribunal de Justiça) se não for bem-sucedido na esfera administrativa. A Corte de Contas entregou o parecer à Assembleia Legislativa no dia 1º.

O prazo para análise pela Comissão do Orçamento da Alerj é de 60 dias. Com o recesso em julho, a expectativa é que as contas possam ser votadas em setembro. A decisão do TCE embasou pedidos de impeachment de Pezão pela oposição.

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— Se as contas de 2016 forem rejeitadas o impeachment fica pavimentado —, admite Paulo.

Na votação das contas de 2015 na Assembleia do Rio, deputados da oposição votaram contra a aprovação ao alegar atrasos e repasses insuficientes para Educação e Saúde. O líder da bancada do PSol na Casa, Marcelo Freixo, destacou que a nova composição do TCE-RJ, sem indicações políticas, rejeitou contas que trazem inconsistências semelhantes às de 2015.

— Naquele ano, as contas só não foram rejeitadas porque a composição do tribunal era aquela que foi parar em Bangu —, disse, em referência à Operação Quinto do Ouro, que prendeu cinco conselheiros do órgão. Os deputados também lembraram que o governo Pezão deixou restos a pagar de R$ 3,5 bilhões em 2014, R$ 6,4 bilhões em 2015 e R$ 10,2 bilhões em 2016, o que revelaria por si só o descontrole das contas.

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