Grupo protesta contra o governo Dilma e pede intervenção militar na Candelária, no centro do Rio de Janeiro
Bruna Oliveira/R7Manifestantes se reuniram na tarde deste domingo (15) na Candelária, no centro do Rio, para um novo protesto contra o governo da presidente Dilma Rousseff. Por volta das 14h45, policiais militares estimavam que 2.000 manifestantes participavam do ato. Grupos presentes no ato defendem a intervenção militar. Por volta das 16h30, o grupo passou a caminhar pela pista central da avenida Presidente Vargas, sentido Central do Brasil, acompanhado de policiais militares.
Diante do Comando Militar do Leste, localizado na avenida, os manifestantes exaltaram o Exército e cantaram o Hino Nacional. O ato se dispersou por volta das 17h30 na Central do Brasil. Manifestantes ainda fizeram uma oração em memória ao cinegrafista Santiago Andrade, que morreu após ser atingido no ano passado por um rojão durante protesto.
Luiz Eduardo Oliveira, que compõe o movimento Resistência RJ, um dos grupos que convocou o ato na Candelária, afirmou que "todos que querem criticar o governo são bem vindos". Ele disse apoiar o fim do governo petista através de "todos os meios legais", mas falou em intervenção militar.
— Se as ações populares não tiverem efeito, podemos lançar mão da última, que é a intervenção militar.
A médica Angela Tenório, que participa do ato, também defendeu o retorno dos militares.
— Quero a eliminação de todos esses subversivos. A saúde está um caos e a educação zerada.
A manifestação na Candelária teve tumulto quando o manifestante Marcos Cristiano Pereira, de 37 anos, pediu que outro, fantasiado de Capitão Brasil, tirasse a máscara. Ele argumentou que o uso da máscara infringia lei.
— Queremos saber quem é o mascarado. Por que ele não está de cara limpa? (...) A questão é que ele está comandando uma passeata usando máscara. Eu não sei quem está ali. Ele precisa respeitar quem está aqui e se identificar.
Entretanto, ante o questionamento outros manifestantes o chamaram de petista. Pereira afirmou que é filiado ao PSDB desde 2002.
Na parte da manhã, uma manifestação na orla de Copacabana, zona sul do Rio, reuniu milhares de pessoas e foi marcada por pedidos de impeachment e de basta à corrupção. O MBL (Movimento Brasil Livre) recolheu assinaturas para protocolar o pedido de impeachment. O deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) foi assediado e também vaiado ao ser impedido de discursar.
Os manifestantes caminharam do posto 5 até o Hotel Copacabana Palace, onde, por volta das 12h30, o ato se dispersou. O protesto foi pacífico. A Polícia Militar, que mobilizou 800 policiais para reforçar a segurança, não estimou o total de manifestantes. O MBL, um dos organizadores do ato, falou, ao final do protesto, que 100 mil pessoas participaram do ato, mas esse número parece superestimado.