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Após crimes da UFRJ, reitoria anuncia medidas

Na última segunda-feira, uma estudante foi obrigada a entrar em um carro e teve seus pertences roubados; entre as medidas está um convênio com a PM

Rio de Janeiro|Da Agência Brasil

Sete sequestros relâmpagos foram registrados no campus da UFRJ
Sete sequestros relâmpagos foram registrados no campus da UFRJ Sete sequestros relâmpagos foram registrados no campus da UFRJ

Diante da ocorrência de crimes nos últimos dias na Cidade Universitária da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), a comunidade acadêmica se mobilizou no início da tarde desta quarta-feira (23) para protestar contra a insegurança. Ao mesmo tempo, a reitoria anunciou algumas medidas, que vão desde o fechamento de vias, para restringir o acesso e circulação de veículos no campus, até entendimentos com a Seseg (Secretaria de Segurança do Estado do Rio de Janeiro) para reforço na segurança.

Somente este ano, já ocorreram sete sequestros relâmpagos no local. O caso mais recente foi registrado na tarde da última segunda-feira (21), quando uma estudante foi abordada, obrigada a entrar em um carro, roubada e liberada na sequência.

Na última sexta-feira (18), dois professores foram vítimas de uma ocorrência desse tipo. Eles ficaram em poder dos criminosos por 10 horas e, nesse período, os cartões das vítimas foram usados para fazer compras.

Nesta terça-feira (22), homens armados renderam carros que circulavam entre o Cenpes (Centro de Pesquisas da Petrobras) e a prefeitura do campus. Eles roubaram um veículo e levaram pertences de outros motoristas.

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A situação levou a Adufrj (Associação dos Docentes da Universidade Federal do Rio de janeiro) a convocar a comunidade acadêmica para um ato às 12h desta quarta no Centro de Ciências da Saúde, onde ocorreram os casos mais recentes sequestros relâmpagos. A entidade também programou para quinta-feira (24), às 8h30, uma caminhada até o local onde estará reunido o Conselho Universitário, órgão de deliberação superior da instituição que reúne representação dos três segmentos: professores, estudantes e servidores.

Medidas

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Em coletiva, o prefeito da Cidade Universitária, Paulo Mario Ripper, e o reitor da UFRJ, Roberto Leher, anunciaram um conjunto de medidas.

"Vamos fazer algumas mudanças no trânsito do fundão, com o possível fechamento de entradas e algumas saídas. Uma reunião está marcada para amanhã com a CET-Rio", disse Ripper.

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Também será feito um convênio entre a UFRJ e a Polícia Militar, dentro do Proeis (Programa Estadual de Integração na Segurança).

Trata-se de uma medida em que os policiais militares podem trabalhar voluntariamente em seu horário de folga mediante pagamento adicional. De acordo com a UFRJ, o contrato será pago pela Petrobras, que possui instalações no campus. Há negociações com as demais empresas que atuam na universidade para que também colaborem com a segurança.

Outra ação prevista é a instalação de câmeras de maior definição que sejam capazes de capturar traços faciais nos acessos à UFRJ. Um planejamento está sendo elaborado a partir da divisão do campus em quatro quadrantes, onde o patrulhamento se dará 24 horas por dia.

A Diseg (Divisão de Segurança da UFRJ) também deve ser reforçada. Foram solicitados ao MEC (Ministério da Educação) recursos para a compra de quatro novas viaturas.

"A iluminação é outra questão que está no nosso radar. Estamos preparando um pacote de solicitações para encaminhar ao MEC, de iluminação e de câmera para os estacionamentos", acrescentou Ripper.

No domingo (20), a reitoria da UFRJ divulgou nota lamentando o caso envolvendo os dois professores.

"O crime, brutal, é inadmissível em um centro universitário e causa indignação a toda a comunidade, em virtude da gravidade e da violência às quais os docentes foram expostos. Cada acontecimento dessa natureza atinge em profundidade todas e todos que fazem da UFRJ uma instituição respeitada mundialmente por sua relevância social".

A preocupação com a situação também levou o reitor Roberto Leher a telefonar para Robeto Alzir, subsecretário de assuntos estratégicos da Seseg, com o objetivo de solicitar apoio à segurança no campus. Segundo a reitoria, ficou acertado um reforço na presença de viaturas policiais do Batalhão da Ilha do Governador (17º BPM) até o início de junho, quando a UFRJ já poderá contar com policiamento do Proeis.

Em nota, a Seseg informou que coordena, com as polícias Civil e Militar, as providências para a melhoria da segurança no centro universitário. De acordo com a pasta, além de reforçar o Batalhão da Ilha do Governador (17º BPM), haverá um engajamento da Divisão Anti-Sequestro da Polícia Civil.

Na nota, o acerto em torno do Proeis foi confirmado.

"A Seseg também firmou convênio com a Petrobrás para contratação de policiais militares".

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