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Após dois meses, casal gay agredido e expulso de vila onde morava volta ao local para buscar pertences

Idosos foram alvo de homofobia e espancado por um grupo de cerca de 20 homens

Rio de Janeiro|Do R7

Casal foi agredido e expulso de vila onde moravam na Tijuca
Casal foi agredido e expulso de vila onde moravam na Tijuca Casal foi agredido e expulso de vila onde moravam na Tijuca

O casal gay Flávio Miceli e Eduardo Michels, que foram vítimas de homofobia na vila onde moravam na Tijuca, zona norte do Rio, conseguiram retornar ao imóvel para buscar seus objetos pessoais depois de quase dois meses das agressões sofridas. As vítimas haviam sido expulsas e impedidas de acessar à vila após serem atacadas por cerca de 20 homens.

A transferência dos móveis para a nova casa foi realizada nesta quarta-feira (21) com o apoio da Superintendência Regional da Grande Tijuca e dos órgão de segurança pública da Prefeitura do Rio.

O Coordenador da Diversidade Sexual, Nélio Geogini, afirma que os ataques de ódio contra a comunidade LGBTQIA não serão tolerados nessa gestão.

— Todos têm o direito de ir e vir, nossas companhas contra a LGBTfobia e nosso trabalho de sensibilização e conscientização vão continuar por todo município. Nenhum direito a menos para os LGBTs.

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A agressão ocorreu durante uma festa e uma das vítimas chegou a ser atacada por cerca de 20 homens. Na ocasião, Flávio Michels relatou que não houve motivo para que os vizinhos batessem nele, já que o casal não tinha falado nada.

— Me deram muitos socos nas costas, na cabeça, eu fiquei muito desorientado, não sabia o que fazer. Caí no chão, eles me deram chutes, pontapés, e eu estou cheio de dores há dias.

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No dia da agressão, o casal havia decidido ir para a casa da irmã de Flávio por causa do barulho da festa. Segundo Eduardo Michels, eles foram cercados na saída do apartamento.

— Essas festas impediam a gente de ficar dentro de casa. Nós sempre pedíamos para eles abaixarem o volume do som, mas eles insistentemente faziam isso.

Depois de serem vítimas de homofobia, os idosos foram acolhidos pela CEDS (Coordenadoria Especial da Diversidade Sexual), da Prefeitura do Rio, no dia 3 de Maio, e encaminhados para o Grupo Pela Vidda, onde estão recebendo auxílio no processo civil com a advogada transexual, Maria Eduarda Aguiar. O escritório da Advogada Mariette Alexandre assumiu o caso na esfera criminal.

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