O Complexo da Maré, na zona norte do Rio, amanheceu com clima de tranquilidade neste domingo (13). Um dia após a primeira morte no local desde que 2.700 homens do Exército e da Marinha ocuparam a região, a situação na comunidade era pacífica.
Os seis militares da Força de Pacificação que estavam na ação que terminou na morte de um homem foram à 21ª DP (Bonsucesso) para prestar depoimento, na tarde deste sábado (12). Dois deles confessaram ter efetuado disparos e já foram ouvidos pelo delegado.
Os outros quatro prestarão depoimento na condição de testemunhas. Em nota, a Força de Pacificação afirma que uma patrulha motorizada se deslocava por volta das 8h pela avenida do Canal quando dois homens, “ao se deparar com a tropa, tentaram se evadir” e fizeram disparos de armas de fogo contra os militares.
A Força de Pacificação afirma ainda que a troca de tiros foi feita “dentro do princípio da proporcionalidade”. A vítima, identificada como “Parazinho”, morreu no local. Outro homem conseguiu fugir com armas. Junto com o homem morto os militares dizem ter encontrado um radiocomunicador e três cápsulas calibre 9 mm.
Os moradores questionaram a versão oficial, e afirmaram que o homem era funcionário de um lava jato, que foi confundido com um traficante pelas tropas. Após o confronto, a população fez um protesto na Linha Amarela e na avenida Brasil.