Polícia apura as causas que levaram ao desabamento do quiosque
FÁBIO MOTTA/ESTADÃO CONTEÚDO / ARQUIVO
A Prefeitura do Rio determinou a realização de fiscalização nos 63 quiosques da orla do Rio. No início da tarde de quinta-feira (13), a cobertura de um deles desabou e deixou seis pessoas feridas na praia de Copacabana, zona sul do Rio. Segundo a empresa Orla Rio, que administra todas as unidades, ainda não há previsão de quando essa vistoria será realizada e nem foi definida a empresa que vai realizar este trabalho.
Segundo a Polícia Civil, um procedimento foi instaurado na delegacia de Copacabana (12ª DP) para apurar as causas do desabamento. As vítimas devem ser ouvidas na unidade após serem liberadas do hospital.
Após o acidente, o Procon-RJ autuou a concessionária, que pode pagar até R$ 9 milhões de multa, pelo desabamento do telhado do quiosque. Segundo o órgão, as leis federais preveem que as concessionárias devem oferecer serviços adequados e de segurança aos consumidores. A empresa tem 15 dias úteis, a partir do recebimento da notificação, para apresentar a sua defesa.
O subsecretário de Defesa Civil, Márcio Mota, disse que ainda não é possível afirmar as causas do acidentes, mas descartou as possibilidades de ventos fortes e de trepidação do solo por conta de passagem de caminhões na avenida Atlântica. Segundo ele, a hipótese mais provável é a de falha no projeto.
Caso o prazo não seja cumprido ou os argumentos não sejam aceitos pelo setor jurídico do Procon-RJ, a Orla Rio será multada e o valor máximo, previsto pelo Código de Defesa do Consumidor, pode ser de até R$ 9 milhões.
Após o acidente, a Orla Rio disse em nota que prestou assistência aos feridos e que aguardaria o resultado da perícia para identificar os motivos do desabamento e tomar as medidas necessárias.
Entre as vítimas do desabamento, está uma criança de seis anos e um homem de 30 anos que já receberam alta médica. Dois feridos sofreram fraturas e outras duas vítimas tiveram escoriações leves, segundo a Secretaria Municipal de Saúde.