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Assembleia aprova lei para registrar mortes por bala perdida no Rio

"Se você não consegue ter dados, não consegue planejar políticas públicas de segurança", disse autor do projeto de lei

Rio de Janeiro|Agência Brasil

A Alerj (Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro) aprovou nesta terça-feira (20), em segunda discussão, um projeto para registro de casos de bala perdida e de morte de policiais de folga. O projeto precisa ainda ser submetido ao governador Luiz Fernando Pezão (PMDB), que terá 15 dias para aprovar o texto. Caso ele não seja sancionado dentro do prazo previsto, a partir do décimo sexto dia ocorre sanção tácita, ou seja, o projeto passa a valer por decurso de prazo.

Apresentado em 2015 pelo deputado estadual licenciado Jorge Felippe Neto (DEM), atual secretário do prefeito carioca, Marcelo Crivella (PRB), o Projeto de Lei 1.168/15, foi aprovado pela Alerj no último dia 7, em primeira discussão. Ele atribui ao Poder Executivo a tarefa de criar um sistema especial de registros estatísticos, cujos boletins seriam divulgados mensalmente.

Trata-se do primeiro projeto aprovado na área da segurança pública, desde o anúncio da intervenção federal na segurança do estado do Rio de Janeiro, na última sexta-feira (16). Felippe Neto explicou que, quando apresentou o projeto, a questão da segurança pública era um dos focos de seu mandato para contribuir para o que hoje é o principal problema da capital e do estado do Rio de Janeiro.

— Tudo que a gente pensou à época dependia de dados que nunca foram compilados. Quem faz até hoje o número de balas perdidas é a imprensa, por estimativa. O Instituto de Segurança Pública (ISP) também tem isso estimado. A gente tinha uma dificuldade muito grande de pensar o seguinte: nesse vácuo de planejamento, quais são os eventos que podem deflagar essa série de balas perdidas? — disse o autor do projeto.

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Para Jorge Felippe Neto, é preciso saber, por exemplo, em que horários os casos de balas perdidas ocorrem com mais frequência e os locais, para que o Estado possa fazer um planejamento adequado para combater esses incidentes:

— Se você não consegue ter dados, não consegue planejar políticas públicas de segurança.

Jorge Felippe Neto assegurou que a polícia e o Exército, bem como o interventor, vão precisar dessas informações do sistema especial de registros estatísticos que envolverão não só episódios de balas perdidas, mas de fatalidades envolvendo agentes de segurança fora do serviço, de modo a revelar as razões e circunstâncias em que essas mortes ocorrem.

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