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Cabral gastava R$ 220 mil por mês, disse ex-assessora em depoimento à PF

Segundo jornal, gastos eram com pagamento de funcionário, condomínio e outras despesas

Rio de Janeiro|Do R7

Cabral foi preso no dia 17 durante operação da PF
Cabral foi preso no dia 17 durante operação da PF Cabral foi preso no dia 17 durante operação da PF

Sérgio Cabral, ex-governador do Rio, tinha gastos de R$ 220 mil por mês, segundo depoimento de sua ex-secretária e ex-assessora Sonia Ferreira Baptista. De acordo com o jornalista Fausto Macedo, do Estadão, Sonia relatou à Polícia Federal que os gastos incluíam despesas com funcionários, médicos, condomínio, seguro de carro e outras.

No depoimento, a ex-assessora também disse que estes pagamentos e os da família de seu primeiro casamento eram quitados por Carlos Miranda e Luiz Carlos Bezerra, que também são réus da Calicute. Ambos são apontados como “operadores financeiros”, responsáveis de receber e movimentar a propina destinada ao grupo que seria liderado por Cabral.

Ainda de acordo com o jornal, Sonia foi à Superintendência da PF no Rio para depor após ser intimada pelos investigadores, que apuram a movimentação financeira da organização do ex-governador, que teria movimentado R$ 224 milhões em propinas. Neste depoimento, ela falou que conhece Cabral há 32 anos e foi secretária do pai da primeira mulher dele.

Sonia também contou ter trabalhado para Cabral na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro) quando ele foi presidente da Casa e, depois, como comissionada no escritório dele no Rio, quando o peemedebista era senador.

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Em 2007, quando Cabral foi eleito governador, Sonia contou aos investigadores que passou a gerenciar “a vida e gastos pessoais da família do primeiro casamento de Sérgio Cabral com Suzana Neves Cabral” (primeira mulher do ex-governador).

O depoimento também diz que Carlos Miranda cuidava dos pagamentos. “Que não gerenciava valores, mas apenas fazia uma relação de gastos e encaminhava para Carlos Miranda para que o mesmo pudesse fazer os pagamentos necessários”, disse ela.

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Sonia revelou ainda que entrou como sócia na empresa de consultoria Gralc, por iniciativa de Miranda, dono da companhia. Ela afirmou que não recebeu nenhuma remuneração por seu papel na empresa, na qual tinha apenas 1% da sociedade, mas “as contas pessoas de Sérgio Cabral eram levadas até Carlos Miranda na sede da Gralc para pagamento”.

A empresa recebeu R$ 13 milhões por supostas consultorias entre 2007 e 2014, período em que Cabral esteve no governo do Rio, e muitos dos pagamentos seriam de empresas que os investigadores suspeitam ser de fachada, de acordo com o jornal.

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Bezerra também foi citado por Sonia, com quem disse manter relação de “coleguismo” e que costumava encontrá-lo em campanhas políticas do ex-governador. Segundo o depoimento, Bezerra “já repassou recursos em espécie para a depoente para saldar despesas de Sérgio Cabral”.

Sonia contou ainda que “nos últimos cinco ou seis meses, tais entregas passaram a ser mais frequentes; que os valores variavam de R$ 50 mil a R$ 150 mil”. Além de Cabral, os valores também iriam para “Suzana Cabral e outras despesas familiares”. “Tais despesas incluíam contas de previdência privada, gastos com funcionários, encargos trabalhistas, médicos, terapeutas, condomínio, IPTU, IPVA, seguro de carros, conserto de automóveis, entre outras coisas”.

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