Amigos do bombeiro que atirou em atendente de fast-food negam versão da defesa
Reprodução/Record TV RioUm casal que acompanhava o bombeiro Paulo César de Souza, que atirou contra o atendente de fast-food Mateus Domingues Carvalho, prestou depoimento na 32ª DP (Taquara), na zona oeste do Rio. Segundo Carlos Felipe Brasil, amigo do militar, o tiro que atingiu a barriga do funcionário não foi acidental.
O relato nega a versão da defesa do primeiro-sargento, que se apresentou na delegacia ainda na segunda-feira (9), dia do ocorrido. De acordo com o depoimento de Carlos, houve uma segunda agressão a Mateus, além da que foi filmada pelas câmeras da lanchonete na cabine do drive-thru.
Carlos disse aos investigadores que tentou apaziguar a discussão por um cupom de desconto, porque queria evitar que o amigo "fizesse uma besteira". Já dentro da loja, o militar armado teria atacado novamente o jovem de 21 anos, que reagiu outra vez. Então, Paulo atirou no funcionário.
A mulher, por sua vez, afirmou que ficou dentro do carro durante a confusão e só saiu quando ouviu o tiro. Assustada, ela permaneceu em silêncio durante todo o trajeto desde a loja até chegar em casa. Os homens também ficaram calados.
Ainda naquele dia, a polícia pediu um mandado de prisão, que foi negado pela Justiça. No entanto, as novas informações das testemunhas serão incluídas em outro pedido de prisão preventiva.
O Corpo de Bombeiros reiterou o apoio à prisão do militar Paulo César de Souza e retirou o porte e a posse de arma dele.
Leia também: Com atirador solto, família de funcionário baleado protesta em frente a loja de fast-food
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, o quadro de saúde de Mateus Domingues Carvalho segue estável. Internado no Hospital Municipal Lourenço Jorge desde o ocorrido, ele perdeu o rim esquerdo e parte do intestino.
O paciente terá que passar por mais uma cirurgia daqui a três meses, para a reconstrução do intestino.
* Estagiária do R7, sob supervisão de PH Rosa