O corpo de Amarildo nunca foi encontrado
ReproduçãoO secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, assinou nesta sexta-feira (19) o processo administrativo que solicita a demissão do major Edson Santos, ex-comandante da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) da Rocinha, e do tenente Luiz Felipe de Medeiros, ex-subcomandante da UPP. O processo será remetido ainda hoje à presidência do TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro). Os dois PMs já estão presos pelo envolvimento na tortura e morte do ajudante de pedreiro Amarildo de Souza, na Rocinha, em julho de 2013.
Na última terça-feira (16), a Justiça aceitou a denúncia do MPRJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) contra quatro PMs envolvidos no caso, entre eles o major Edson e o tenente Luiz Fernando Medeiros, por suborno de testemunhas. Neste novo processo, eles são acusados de pagar R$ 850,00 e R$ 500,00 a duas pessoas, para que, em depoimento, elas acusassem o traficante Thiago da Silva Neris, conhecido como “Catatau”, pela morte do ajudante de pedreiro. Na ocasião, a juíza Ana Paula Monte Figueiredo Pena Barros, da Auditoria da Justiça Militar do Rio, também decretou a prisão preventiva dos policiais.
Ao todo, 25 PMs estão presos por participação no caso Amarildo. Os réus respondem pelos crimes de tortura, ocultação de cadáver, fraude processual e formação de quadrilha.