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Caso Amarildo: Justiça volta a ouvir réus nesta sexta-feira

Sete PMs acusados já foram interrogados na 35ª Vara Criminal do Rio

Rio de Janeiro|Do R7

Amarildo Dias desapareceu em julho de 2013 após ser levado para averiguação na UPP da Rocinha
Amarildo Dias desapareceu em julho de 2013 após ser levado para averiguação na UPP da Rocinha Amarildo Dias desapareceu em julho de 2013 após ser levado para averiguação na UPP da Rocinha

Será realizada nesta sexta-feira (11) a próxima audiência de instrução e julgamento dos 25 PMs acusados de tortura e desaparecimento do pedreiro Amarildo Dias. Nesta fase, a Justiça deve ouvir os 18 réus que ainda não prestaram depoimento. Eles são acusados dos crimes de tortura, ocultação de cadáver, fraude processual e formação de quadrilha.

Na quarta-feira (9), três réus foram ouvidos. O primeiro foi o soldado Marlon Campos Reis, que estava junto com o soldado Douglas Vital na viatura policial que abordou Amarildo. De acordo com o depoimento, a apreensão de Amarildo aconteceu após uma informante relatar para o soldado Vital que havia pessoas armadas na rua Dois. Ele afirmou que Amarildo foi levado para a sede da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) Rocinha, para averiguação com o major Edson Santos, que possuía uma relação atualizada de mandados de prisão expedidos. Reis disse ter visto Amarildo ir embora após sair da UPP.

De acordo com o TJ, Reis se contradisse durante o depoimento ao dizer que nunca havia visto Amarildo. Em depoimentos anteriores, o soldado havia afirmado que já tinha visto Amarildo na favela e cumprimentando o soldado Vital. Ele também negou as acusações de que teria sido o autor da ligação feita para a DH (Divisão de Homicídios) se passando pelo traficante Catatau assumindo o assassinato do pedreiro. De acordo com perícia do MP-RJ, a voz da ligação era sim de Reis, e não do traficante.

Também foram ouvidos os soldados Jorge Luiz Gonçalves Coelho e Victor Vinicius Pereira da Silva, que disseram ter visto Amarildo entrando na viatura de Reis e Vital. Ele também disseram não conhecer o pedreiro, mas que conheciam Elizabete Gomes, a mulher dele, por ser uma pessoa popular na comunidade.

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O último depoimento da quarta-feira foi do sargento Jairo da Conceição Ribas que negou todas as acusações que foram feitas contra ele. Ribas afirmou que Amarildo foi abordado pela equipe do soldado Vital, enquanto ele fazia patrulhamento em outra área da favela. O sargento também negou ter sido ameaçado pelo major Edson Santos e do tenente Luiz Felipe Medeiros após o desaparecimento de Amarildo.

Entenda o caso

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Amarildo desapareceu no dia 14 de julho de 2013 após ser levado por policiais militares para a sede da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) da Rocinha para averiguação durante a operação Paz Armada, da Polícia Militar. Após o desaparecimento, familiares e vizinhos fizeram protestos que chegaram a fechar o túnel Zuzu Angel. Todos se perguntavam: Onde está o Amarildo?

O caso ganhou repercussão e entrou na pauta dos protestos que tomaram a cidade no segundo semestre do ano passado. Em outubro, 25 PMs da UPP da Rocinha foram presos sob acusação de tortura, ocultação de cadáver, fraude processual e formação de quadrilha. Entre eles, o major Edson Santos, comandante da unidade.

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