A Justiça do Rio de Janeiro decretou, nesta quinta-feira (27), a prisão temporária de mais dois policiais militares envolvidos na morte de Cláudia Ferreira, em 16 de fevereiro, no morro da Congonha, em Madureira, na zona norte do Rio. São eles o tenente Rodrigo Medeiros Boaventura e o sargento Zaqueu de Jesus Pereira Bueno, que participaram da operação naquele dia.
A vítima morreu após ser baleada na ação. Ao resgatar Cláudia, os policiais militares Rodney Arcanjo, Adir Serrano Machado e Alex Sandro da Silva Alves a colocaram na mala e não viram quando a vítima caiu no asfalto, sendo arrastada por 350 metros. Os três PMs chegaram a ficar presos, mas foram liberados e estão trabalhando em funções administrativas na PM.
O laudo do Instituto Médico Legal sobre os exames feitos no corpo de Cláudia Silva Ferreirafoi divulgado na quarta-feira (26), mas acabou sendo pouco conclusivo. O documento não indica, por exemplo, se a vítima morreu por causa dos tiros que levou ou a caminho do hospital, enquanto era arrastada pela viatura.
O laudo não identificou também o tipo de bala que perfurou a mulher: se pistola ou fuzil. Em nota, a PM informou no dia do ocorrido que Cláudia foi socorrida com vida, versão diferente da contada pelos policiais que a colocaram na viatura. Eles disseram que já encontraram a mulher morta.
A reconstituição do crime, que especulava-se ser nesta quinta-feira (27), foi marcada para quinta da semana que vem, dia 3 de abril. A reprodução dos fatos pode ajudar a Polícia Civil a identificar o que realmente aconteceu e determinar a culpa, ou não, dos PMs envolvidos.