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Caso Jandyra: quadrilha acusada de aborto e morte vai a júri popular

Apenas seguranças da clínica irão responder em liberdade por ocultação de cadáver

Rio de Janeiro|Do R7

Jandira foi encontrada morta em setembro de 2014 após procedimento abortivo na zona oeste do Rio
Jandira foi encontrada morta em setembro de 2014 após procedimento abortivo na zona oeste do Rio Jandira foi encontrada morta em setembro de 2014 após procedimento abortivo na zona oeste do Rio

A quadrilha acusada por realizar procedimento abortivo e assassinar Jandyra Magdalena dos Santos Cruz em agosto de 2014 irá à júri popular, conforme decisão da juíza Elizabeth Machado Louro, da 4ª Vara Criminal do TJRJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro), divulgada nesta quinta-feira (8). 

Carlos Augusto Graça de Oliveira, o falso médico que realizou o aborto de Jandyra, irá responder por homicídio qualificado, formação de quadrilha e aborto provocado por terceiro. Além destes crimes, Rosemere Aparecida Ferreira, Vanuza Vais Baldacine, Mônica Gomes Teixeira, Marcelo Eduardo Medeiros e Carlos Antônio de Oliveira Júnior também irão responder por descrição e ocultação de cadáver.

Na decisão, a magistrada afirma que "os indícios de autoria em relação aos crimes contra a vida surgem robustos". Segundo ela, "Fica, assim, suficientemente demonstrado que todos prestavam sua valorosa contribuição para o funcionamento da atividade e que, mais que isso, tinham pleno conhecimento das condições precárias do local onde era realizada, a induzir tivessem ciência de que a morte de alguma gestante seria um risco da atividade, risco este aparentemente por todos assumido".

Os seguranças da clínica, Jorge dos Santos Pires e Luciano Luís Gouvêa Pacheco aguardarão em liberdade pelo crime de ocultação de cadáver. Por ser um crime com pena máxima de quatro anos, não cabe a prisão preventiva. A juíza expediu, na mesma decisão, o alvará de soltura. Os outros seis acusados continuam presos.

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A juíza também determinou que Agda Pereira fosse retirada do processo por "insuficiência de indícios apurados".

Relembre o caso

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Jandira foi vista pela última vez na rodoviária de Campo Grande, zona oeste do Rio, em agosto de 2014. O ex-marido Leandro Reis levou a mulher até o local, onde a motorista da uma clínica clandestina a buscaria junto com outras grávidas. Ela teria pago pelo aborto R$ 4.500.

De acordo com a polícia, Jandira morreu após passar pela cirurgia. O corpo, sem digitais e arcada dentária, foi encontrado carbonizado dentro de um carro um dia após o crime, em Guaratiba, zona oeste do Rio. Foi preciso um exame de DNA para comprovar a identidade. Somente um mês após o desaparecimento de Jandira, a família conseguiu realizar o enterro da grávida.

A Delegacia de Campo Grande (35ª DP) comandou as investigações do caso.

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