O número de casos de bebês com microcefalia aumentou no Rio, de acordo com a Secretaria de Estado de Saúde. Desde janeiro até a manhã desta segunda-feira (30), foram 21 registros. O dado supera a média de 12,8 registrada durante os últimos dez anos e é maior do que os dez casos que ocorreram em todo o ano passado.
As informações são baseadas no cruzamento de dados do Sinasc (Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos), Sim (Sistema de Informações sobre Mortalidade) e do Resp (Plano de Resposta de Emergência em Saúde Pública). Todos pertencem ao Ministério da Saúde.
O bebê com microcefalia nasce com o crânio em tamanho menor do que o normal. Muitas vezes, é resultado de infecções adquiridas pelas mães durante a gravidez, como toxoplasmose e rubéola.
A notificação de gestantes com manchas vermelhas na pele, sintoma da doença, se tornou obrigatória em 18 de novembro e desde essa data foram registrados 75 casos de grávidas infectadas. Uma teve a confirmação de Zika Vírus, mas ainda não se sabe se o feto tem a doença.
A secretaria também informou que vai divulgar toda semana boletins epidemiológicos para a notificação de microcefalia. Eles abrangem tanto o bebê, quanto gestantes com manchas vermelhas, e grávidas com Zika Vírus.
Os sintomas da doença causada pelo vírus são febre, manchas pelo corpo, coceira, além de dor de cabeça, muscular e nas articulações. Até o momento, não é comprovada cientificamente a existência de relação entre o Zika em grávidas e o nascimento de bebês com microcefalia.
Ainda de acordo com a secretaria, foram investidos cerca de R$ 12 milhões em ações de combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor do Zika Vírus, somente este ano.