Uma centro espírita, localizado no Humaitá, zona sul do Rio, sofreu dois ataques em menos de 24 horas. Nesta terça-feira (1), as câmeras de segurança do local captaram uma dupla de rapazes encapuzados espalhando material inflamável no entorno da casa e depois ateando fogo. Nesta noite de quarta-feira (2), criminosos retornaram ao local e novamente tentaram incendiar o templo religioso.
O policiamento na região do centro espírita foi reforçado após os suspeitos terem lançado contra a casa um explosivo nesta quarta. Nos dois atentados, Ubirajara Pinheiro, a pessoa responsável pelo centro, estava sozinho e ninguém foi ferido. Ainda não foi confirmado se os crimes têm motivações religiosas.
A secretária municipal de Direitos Humanos, Teresa Bergher, esteve acompanhando o caso na 10ª DP (Botafogo). Para ela, o atentado é um caso de intolerância religiosa. Ela exigiu que as investigações prosseguissem e solicitou que a prefeitura coloque à disposição da polícia as imagens captadas pelas suas câmeras de segurança.
— Está claro que é mais um caso de intolerância religiosa. Não vamos nos calar diante desta violência. É inaceitável que as certos indivíduos não respeitem o direito do outro à escolha da própria religião e ao culto religioso. As pessoas precisam aprender a conviver com a diferença pacificamente. A constituição federal assegura o direito de cada cidadão optar ou não pela religião que quiser. O ataque à Casa do Mago foi duplamente criminoso, uma verdadeira tentativa de homicídio e desrespeito à liberdade religiosa. A polícia tem que chegar a esses criminosos — afirmou a secretária.