Os servidores do Estado que ocupavam a sede da Secretaria de Estado de Fazenda na noite de quinta (14) foram retirados do local na madrugada desta sexta-feira (15). Cerca de 100 homens do Batalhão de Choque da Polícia Militar foram ao prédio no centro do Rio para desocupar o espaço. Segundo servidores, não houve uso de força policial porque eles concordaram em sair.
No início da ocupação, houve um tumulto e policiais e segurança usaram spray de pimenta para afastar os manifestantes. Alguns andares foram ocupados pelos manifestantes que reivindicavam uma conversa com o secretário da pasta, Júlio Bueno, para discutir os pagamentos atrasados e outras pautas.
O ato dos servidores, que tem à frente o Muspe (Movimento Unificado dos Servidores Públicos Estaduais), começou em frente à Alerj na tarde de ontem e foi acompanhado pela Polícia Militar.
Entre as reivindicações do movimento estão reposição salarial de 2015, cumprimento e retorno ao calendário de pagamento até o 5º dia útil, fim das OSs (Organizações Sociais).
Dornelles lamenta atraso de salários e servidores fazem manifestação
Em nota, o Governo do Estado disse que condena "qualquer prática beligerante, principalmente quando seguida de atos de vandalismo". O Estado condena a ocupação e cita casos de vandalismo contra o patrimônio público. No fim, o governo diz que "permanece disponível ao diálogo, prática que vem sendo adotada com servidores e seus representantes".
Segundo assessoria de imprensa da Secretaria Estadual de Fazenda, por volta das 20h, o secretário Júlio Bueno estava no Palácio Guanabara, em Laranjeiras, na zona sul em uma reunião.
Ainda de acordo com a assessoria, Bueno não iria ao prédio da Sefaz (Secretaria de Fazenda) falar com os manifestantes, mas determinou que o deputado Edson Albertassi, líder do governo na Alerj, fosse ao local para convocar uma comissão de representantes para se reunir com o secretário na sede do governo, na zona sul da cidade.
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