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Com ciclovia interditada, ciclistas e pedestres se arriscam na Avenida Niemeyer

Rio de Janeiro|

A interdição de parte da Ciclovia Tim Maia, na Avenida Niemeyer, zona sul do Rio, não conteve ciclistas e pedestres, que, na manhã de domingo, 24, se arriscavam pela pista de carros nos trechos onde não podiam passar por causa do bloqueio - alguns até por curiosidade. A reportagem flagrou diversas pessoas caminhando ou andando de bicicleta em trechos estreitos, onde carros e ônibus passam em alta velocidade.

Um trecho da ciclovia caiu em meio a uma ressaca na quinta-feira, 21, e deixou ao menos dois mortos. Bombeiros chegaram ao local neste domingo por volta das 6 horas, para monitorar o local do acidente, mas as buscas por novas vítimas foram encerradas anteontem - uma vez que não havia registro de pessoas desaparecidas, embora testemunhas relatem a possibilidade de mais mortes.

Parte da ciclovia está interditada, mas quem inicia o percurso pelo Leblon consegue caminhar até a região do Vidigal, onde há um primeiro bloqueio. Apesar disso, há quem passe pelo local e siga a caminhada. Já quem tentava entrar por São Conrado não conseguia passar. Além do bloqueio, havia policiais monitorando a passagem.

Apesar da barreira, o empresário Olimpio Freire, de 52 anos, manteve o percurso que faz todos os domingos de bicicleta. Ele percorre com amigos um trecho que vai do Flamengo, na zona sul, a São Conrado. Ao se deparar com o bloqueio, decidiu seguir pela pista de carros. "Já usava a pista antes de ficar pronta a ciclovia. Sei que é perigoso, mas não há outra opção. E no domingo há menos carros."

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O comerciante Heraldo Alves, de 40 anos, também passava de bicicleta pela pista de carro no local da interdição. "Fui pela curiosidade, para ver como ficou. Muitos carros não respeitam os ciclistas, é arriscado mesmo", comentou. Alves diz que costumava utilizar a ciclovia e continuará a usar no futuro. "Acidentes acontecem. Apesar de o projeto ser malfeito, acho que vão consertar direito", diz o morador do centro.

O empresário italiano Eduardo Pozzi, de 28 anos, e a namorada, a professora Patricia Passos, de 36, chegaram de São Paulo, onde moram, na sexta-feira. O plano era percorrer de bicicleta a cidade, um programa frequente do casal. A Ciclovia Tim Maia estava no roteiro e, apesar do desabamento, eles decidiram manter a programação. No entanto, quando chegaram ao bloqueio na frente do Vidigal, decidiram voltar. "O trecho foi malfeito, mas não é toda a ciclovia que está condenada", afirmou Pozzi. Ele disse se sentir seguro em andar pela ciclovia na parte que não foi prejudicada.

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Sem opção

O empresário Eduardo Antunes, de 66 anos, morador de Ipanema, também não se arriscou pela pista ao chegar ao bloqueio, mas reclamou de não haver um aviso no começo da ciclovia, próximo do Leblon, de que não haveria como passar a partir de um determinado ponto ou uma opção de passagem.

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"Tinha de ter alguma opção. Achei que uma das pistas de carro da Avenida Niemeyer estaria bloqueada para veículos. Não dar nenhuma opção para passar para quem já caminhou por uma boa parte da ciclovia é um absurdo", reclamou.

Havia, porém, um grande grupo que ignorava a barreira de interdição da pista da ciclovia e pulava o bloqueio para continuar a caminhada pela Tim Maia. Um homem foi visto pela reportagem furando o bloqueio e outro podia ser visto caminhando em cima da mureta da pista, ao lado da ciclovia.

Governo

Procurada pela reportagem, a prefeitura informou, por nota, ter colocado, além das barreiras físicas, guardas municipais em diversos pontos da Avenida Niemeyer para orientar e, se necessário, tirar da ciclovia quem passar pelos bloqueios. A medida é para garantir a segurança de ciclistas e pedestres.

Segundo a administração municipal, a Guarda Municipal vai reforçar essa orientação aos agentes que estão no local. A nota oficial afirma ainda que a circulação pela Niemeyer não é proibida, exceto no trecho onde a ciclovia está liberada, o que, explicou, é previsto nas normas de circulação.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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