O aumento da violência no Rio de Janeiro tem pesado no bolso dos comerciantes cariocas. Segundo dados do CDLRio (Centro de Estudos do Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro), o comércio varejista da cidade gastou R$ 900 milhões com segurança de janeiro a junho desse ano, quase 20% a mais do que o mesmo período do ano passado. O montante foi usado para a contratação de vigilantes, equipamentos eletrônicos, grades, blindagens de portas, reforço de vitrines e seguros.
Em 2018, os assaltos aos estabelecimentos comerciais na capital aumentaram quase 130% em relação ao primeiro semestre do ano passado, segundo dados do ISP (Instituto de Segurança Pública do Rio de Janeiro).
De acordo com o presidente do CDLRio, Aldo Gonçalves, os gastos com segurança se tornaram uma espécie de tributo informal pago pelos lojistas.
— A violência urbana na cidade do Rio de Janeiro vem prejudicando bastante o comércio, já afetado pelo quadro econômico do país e, em especial pela crise do Estado do Rio, que tem influido profundamente no comportamento do consumidor, que por um lado fica com medo de sair de casa e por outro reduz seus gastos, entre eles as compras — argumenta Aldo.
Segundo o Centro, 9.121 estabelecimentos comerciais cariocas fecharam as portas em 2017, 31,7% a mais do que no mesmo período do ano anterior.
O Rio de Janeiro vive uma interveção federal na segurança pública. Desde de fevereiro deste ano, o Exército passou a ter responsabilidade sobre as polícias, os bombeiros e a área de inteligência do Estado.
*Estagiária do R7, sob supervisão de PH Rosa