Um intenso confronto na Vila Cruzeiro, no Complexo da Penha (zona norte do Rio), mudou a rotina de moradores neste domingo (18). Os tiros começaram por volta das 9h. Às 13h40, segundo relatos de moradores, ainda era possível ouvir disparos.
Crianças que participariam de uma confraternização natalina no Parque Ary Barroso não puderam sair de casa.
Os batalhões de Ação com Cães (BAC) e o de Choque (BPChq) realizaram ação de vasculhamento neste domingo na Vila Cruzeiro. Assim que as equipes entraram no Parque Proletário, criminosos armados atiraram contra os PMs e houve revide, sem registro de feridos.
Os agentes do BAC, auxiliado por cães, localizaram drogas em uma casa na rua São Severo. Um homem, que estava no imóvel, foi preso e conduzido, junto com o material, para a Cidade da Polícia.
Dois PMs e um suspeito mortos
Dois PMs foram mortos a tiros na última sexta-feira (16) no Complexo da Penha. Um dos agentes foi atingido na cabeça durante patrulhamento de rotina, segundo informou os comandos das UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora) Vila Cruzeiro e Parque Proletário.
Na tarde de sexta, policiais foram atacados na localidade do Arvrão. O soldado Davi Moraes de Matos, de 30 anos, foi baleado no tórax. Ele foi socorrido no Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha, mas não resistiu. Matos estava na PM havia dois anos e sete meses.
Mais cedo, o soldado Flávio da Cruz Mendes, de 27 anos, da UPP Vila Cruzeiro, morreu na mesma unidade hospitalar após ser atingido por um tiro na cabeça na rua 12, que divide as comunidades Vila Cruzeiro e Parque Proletário. Ele estava na corporação havia dois anos e sete meses, era solteiro e deixa uma filha de três meses de idade.
Durante as buscas para localizar os envolvidos na troca de tiros, houve novo confronto e um suspeito, apontado pelo comando da UPP como um dos chefes do tráfico na região, foi baleado. Ele foi levado para o Hospital Estadual Getúlio Vargas, mas morreu.