Tiros provocaram correria na madrugada deste domingo (11), em um baile funk na Vila Cruzeiro, na Penha, zona norte do Rio de Janeiro. A confusão deixou mais de 70 pessoas feridas. Nas redes sociais, o DJ Rennan da Penha, que tocava na festa, contou que policiais faziam uma blitz em uma das vias de acesso ao baile e efetuaram disparos para o alto após um suspeito furar o bloqueio. Os tiros teriam assustado os frequentadores, que tentaram sair correndo do local.
— O que aconteceu é que um meliante tentou furar a blitz, os policiais deram tiro para o alto e todo mundo correu. Mas isso aconteceu bem longe da favela, foi na pista, como o evento estava muito cheio, o trânsito estava engarrafado, todo mundo veio correndo na direção do baile — contou o DJ Renann, em um vídeo publicado na internet.
A direção do Hospital Estadual Getúlio Vargas informou que a partir das 3h deste domingo, atendeu 75 oriundos de um evento na região. Destes, um paciente permanece internado e apresenta quadro de saúde estável.
Em nota, os comandos do Batalhão de Olária (16ºBPM) e da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) informaram que “as unidades não foram acionadas para intervir na situação relatada, assim como não houve operação ou ação policial no local na madrugada deste domingo”. A Polícia Militar disse ainda que foi informado apenas na manhã desta segunda (12) sobre tumulto nas proximidades de uma estação do BRT na avenida Brás de Pina, na Penha.
Segundo a concessionária que administra o serviço do BRT, ao menos sete ônibus foram vandalizados na madrugada de domingo. Os articulados “precisaram ser recolhidos à garagem com vidros das janelas e parabrisas quebrados por pedras, portas e ar condicionado destruídos”, informou em nota. Os ataques aconteceram em diversos trechos dos corredores Transcarioca e Transoeste, entre 1h50 e 5h50.
Ainda em nota, a concessionária afirmou: “grande parte das ações de vandalismo foi provocada por grupos que estavam indo ou voltando de um baile funk na Penha. Após uma confusão no baile, com correria dos frequentadores e várias pessoas feridas, a estação Pastor José Santos, no corredor Transcarioca, foi invadida por caloteiros e teve a catraca de cadeirantes quebrada”.
*Estagiária do R7, supervisionada por PH Rosa