O conselheiro do TCE (Tribunal de Contas do Estado) do Rio de Janeiro, Júlio Lambertson Rabello, foi encontrado morto com um tiro na cabeça, em casa nesta segunda-feira (25). Segundo a Polícia Civil, as circunstâncias da morte são desconhecidas, mas a hipótese de suicídio não está descartada.
De acordo com a polícia, as investigações estão em andamento. A perícia foi feita no local e os familiares de Rabello foram ouvidos. Ainda de acordo com a polícia, um exame residuográfico da arma apreendida e da vítima será solicitado.
Segundo amigos, na tarde de domingo (24), o conselheiro foi ao estádio do Maracanã para assistir ao jogo entre Fluminense e Corinthians. À noite voltou para casa, e horas depois foi encontrado morto.
O caso foi registrado na delegacia de Botafogo (10ª BPM) e será enviado para a delegacia do Catete (9ª DP), área em que aconteceu o fato.
O conselheiro será cremado às 14h30 desta terça-feira (26) no Cemitério do Caju, na zona norte do Rio, onde também ocorrerá o velório, a partir das 11 horas.
Formado em Direito pela Pontifícia Universidade Católica (PUC-Rio), Júlio ingressou na carreira pública em 1978, quando se tornou assistente jurídico do Detran. Em 1980 foi nomeado procurador do Ministério Público Especial junto ao Tribunal de Contas do Estado.
Em 1991 tornou-se procurador de Justiça do Ministério Público, em função da fusão do Ministério Público Especial com o Ministério Público do Estado do Rio. Em 2004 retornou aos quadros do Ministério Público Especial junto ao TCE-RJ e, em 2005, foi nomeado conselheiro da Corte de Contas.
Investigação Ministério Público
Em outubro do ano passado, o Ministério Público abriu um inquérito civil para apurar a contratação irregular de uma professora de educação física pelo TCE (Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro). Segundo reportagem publicada na terça-feira (21) no jornal O Dia, a personal trainer Alessandra Pereira Evangelista foi contratada pelo gabinete do conselheiro do TCE Júlio Lambertson Rabello para dar aulas particulares para ele e a mulher.
De acordo com a publicação, Alessandra trabalhava com o casal apenas duas horas por dia e tinha o resto do dia livre para atender outros alunos. A reportagem aponta que a professora foi contratada para o cargo de comissão de assistente em 2010, com salário atual de R$ 9.547,68.
Segundo o jornal, o presidente do TCE, Jonas Lopes de Carvalho Júnior, exonerou a professora na terça-feira. Ele afirmou ao jornal que deve abrir uma sindicância interna e que a professora poderá ter que devolver todo o valor correspondente ao período em que esteve no cargo.