A discussão sobre a venda da Cedae (Companhia Estadual de Águas e Esgotos) na Alerj (Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro) depende da votação de 14 vetos do governador, Luiz Fernando Pezão. A sessão teve início após as 10h da manhã desta quinta-feira (9).
Parte da votação sobre os 27 vetos foi feita na quarta (8) até as 22h. Os deputados chegaram a uma decisão sobre 13 deles: nove foram mantidos e quatro foram derrubados pela Alerj. A discussão sobre a Cedae começará logo após a votação dos 14 vetos restantes.
Prevista no Projeto de Lei nº 2.345/17, a medida começou a ser discutida na última terça-feira (7), mas foi adiada para hoje, às 15h. O projeto autoriza o governo a usar as ações da Cedae como garantia para um empréstimo de R$ 3,5 bilhões com a União. A venda faz parte da condição para o Plano de Recuperação Fiscal do Rio de Janeiro, negociado com o Ministério da Fazenda.
Se aprovado, o projeto determina que o governo do Rio terá seis meses para contratar instituições financeiras para avaliar a companhia e criar o modelo de venda.
A privatização tem sofrido forte oposição do Muspe (Movimento Unificado dos Servidores Públicos do Estado), de deputados da oposição e também dos funcionários da Cedae, que decretaram greve e temem pelos seus empregos e pela qualidade do serviço da companhia.
Ao longo da semana, os trabalhadores fizeram manifestações em frente à assembleia legislativa e ficaram em vigília. Uma nova manifestação está prevista para hoje.
Segundo o governo, o empréstimo de R$ 3,5 bilhões vai permitir o pagamento dos servidores, que têm recebido com atraso e em valores parcelados.