Jovem tinha vida dupla: era militar da Aeronáutica mas também praticava crimes
Reprodução/Rede RecordCelso Pinheiro Pimenta, o Playboy, tinha um futuro promissor antes de entrar para o mundo do crime. Quando veio ao mundo, no dia 1º de março de 1982, ele foi morar em uma cobertura de um prédio em Laranjeiras, um bairro de classe média alta localizado na zona sul do Rio. O pai dele gerenciava uma banca de jornal, custeando as mensalidades de uma escola particular tradicional da região.
Mesmo com uma vida confortável, o jovem Celso, com apenas 15 anos, entrou para a quadrilha de Pedro Machado Lomba Neto, o Pedro Dom. O bandido também era proveniente da classe média e costumava invadir prédios para praticar os roubos.
Até os 18 anos, o adolescente não tinha passagens pela polícia. Foi assim que ele ingressou na Aeronáutica, onde aprendeu a manusear armas pesadas.
O cotidiano de assaltos não era suficiente para Playboy e, aos poucos, ele passou dos roubos para o tráfico de drogas. Aos 21 anos, Celso finalmente foi preso e condenado. Pegou uma pena de 15 anos e oito meses. Entre 2003 e 2009, ele passou duas vezes pelo sistema penitenciário, mas, em ambas as situações, ganhou liberdade condicional.
Pimenta passou a se especializar em assaltos a carros, desmanchando e abandonando os veículos na zona norte do Rio. Aos poucos, ele passou a comandar o Complexo da Pedreira. A área em que ele atuava foi cenário de vários roubos de carga no último ano. Em outubro de 2014, criminosos de sua quadrilha passaram o dia se divertindo em uma piscina de uma vila olímpica da Prefeitura. Para registrar o momento, eles tiraram fotos em que portavam fuzis.
Em dezembro do mesmo ano, Playboy liderou a invasão do depósito do Detro (Departamento Estadual de Transportes Rodoviários), onde havia veículos irregulares que foram apreendidos. O bando levou quase 200 motos.
Crimes como esses fizeram de Pimenta o homem mais procurado do Rio, no auge de seus 33 anos. O Disque-denúncia oferecia uma recompensa de R$ 50 mil somente por informações que levassem ao paradeiro dele. Mas, no último sábado (8), a trajetória do traficante chegaria ao fim. Ele foi morto em uma operação da Polícia Civil, Polícia Militar e Polícia Federal.
De acordo com informações do setor de inteligência da PM, Carlos José da Silva Fernandes, o Arafat, é o substituto de Pimenta. Ele é conhecido por assassinar agentes. Arafat teria ordenado que seus comparsas reforçassem com barricadas os acesso ao Complexo da Pedreira, e que ficassem atentos à movimentação dos policiais nas comunidades dominadas pela facção.
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