Uma ação conjunta entre a PRF (Polícia Rodoviária Federal) e a Receita Federal apreendeu, nesta segunda-feira (9), quase duas toneladas de cocaína em Cascavel, no Paraná. A droga, segundo a Polícia Civil, teria como destino a favela da Rocinha, na zona sul do Rio de Janeiro. Estima-se que a facção criminosa que controla a comunidade carioca lucre mais de R$ 10 milhões por mês com a venda de entorpecentes.
O material foi descoberto no fundo falso de um caminhão tanque, ao passar pela fiscalização no porto seco de Foz de Iguaçu, um dos terminais mais movimentados da América Latina. O nervosismo do motorista despertou a atenção dos agentes. O homem foi preso e encaminhado à delegacia da PRF.
Ele não quis revelar aos policiais qual seria o destino da cocaína, mas a Polícia Civil do Rio afirmou que a droga seria entregue na Rocinha. Para retirar o entorpecente do esconderijo, os agentes precisaram de ajuda do Corpo de Bombeiros.
Um tablete de pasta base, fora do país, custa em média R$ 14 mil. Após passar pela fronteira, a droga é misturada com outras substâncias e vendida com um lucro superior a 300%. De acordo com informações da Polícia Civil, é através do comércio de drogas que o tráfico financia as armas. No último dia 24, oito pessoas morreram durante um confronto entre policiais e criminosos na Rocinha.
Guerra do tráfico
Desde setembro de 2017, a Rocinha é alvo de operações constantes em razão de uma guerra entre traficantes pelo controle da venda de drogas na comunidade.
Segundo o Disque Denúncia, um dos lideres da Rocinha é o traficante Leandro Pereira da Rocha, conhecido como "Bambú", de 28 anos.
Ele responde por diversos crimes como, tráfico de drogas, associação para a produção e tráfico, dano qualificado, resistência, homicídio qualificado, roubo majorado e crimes do sistema nacional de armas. Além disso, constam três mandados de prisão contra Leandro.
Veja a reportagem:
*Estagiária do R7, sob supervisão de PH Rosa