O novo secretário de Segurança do Estado, Roberto Sá, tomou posse na manhã desta segunda-feira (17). Na cerimônia, que teve a presença do governador em exercício, Francisco Dornelles, e do ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, Sá agradeceu a confiança do ex-secretário José Mariano Beltrame e disse que ainda não decidiu os nomes que vão comandar a segurança do Estado com ele.
Sá disse que terá como meta combater a letalidade e a criminalidade, além de oferecer dignidade aos profissionais da segurança.
— As UPPs permanecem sim, com o olhar muito mais atento, mais apurado, para fortalecermos porque a sociedade deseja e [esse] é um projeto exitoso.
Sá não descartou mudanças no projeto.
— Todo o ajuste que houver necessidade será feito à medida em que tivermos recursos e possibilidades, na relação vertical com o governo federal e horizontal, com outras pastas.
Há dez anos trabalhando na pasta, o novo secretário disse que pretende "cada vez mais entender a lógica de como as facções criminosas se organizam e como fazem o tráfico de armas e drogas" e que essa "é uma das grandes causas da violência no Rio de Janeiro".
Sá foi, por dez anos, o subsecretário de Planejamento e Integração Operacional da pasta e era considerado como o braço direito de Beltrame.
Na última semana, depois de Beltrame pedir para deixar o governo, o chefe da Polícia Civil, Fernando Veloso, também anunciou que deixaria o cargo.
De acordo com o secretário, é preciso investir em avaliações de desempenho das UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora). Roberto Sá também comentou as próximas ações da secretaria e disse que as UPPs são um projeto “exitoso”.
— Vamos também instituir reunião periódica de avaliação de desempenho, com muito foco nas UPPs, projeto exitoso e aprovado pela sociedade. Vamos criar núcleo de inteligência que funcionará 24 horas no CICC (Centro Integrado de Comando e Controle).
Beltrame anunciou que deixaria a função na última segunda (9) depois de quase dez anos no cargo. Inicialmente, o governo fluminense havia dito que o ex-secretário só deixaria o cargo após o segundo turno das eleições municipais.