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Em depoimento, delegado confirma que Gabriel Monteiro cometeu crime ao filmar vídeo com menor

Titular da 42ª DP e PM integrante da escolta do vereador foram ouvidos pelo Conselho de Ética nesta terça-feira (21)

Rio de Janeiro|Do R7

Vereador é investigado pela polícia por crimes sexuais
Vereador é investigado pela polícia por crimes sexuais Vereador é investigado pela polícia por crimes sexuais

Em depoimento prestado ao Conselho de Ética da Câmara Municipal do Rio de Janeiro, o delegado Maurício Armond, da 42ª DP (Recreio dos Bandeirantes), afirmou que a gravação e a armazenagem de um vídeo em que o vereador Gabriel Monteiro aparece tendo relações íntimas com uma menor são suficientes para que ele responda por crime sexual.

A informação foi divulgada pelo relator do processo que apura possível quebra de decoro de Monteiro na Câmara, Chico Alencar.

Segundo o relator, o delegado declarou existirem indícios de que o vereador tinha ciência da menoridade da adolescente, na época com 15 anos, ao contrário do que diz a defesa do parlamentar. Armond também informou que foi solicitada uma medida protetiva para a jovem contra Monteiro.

O titular da 42ª DP disse aos membros do conselho que o inquérito da Polícia Civil está parcialmente concluído e que estão em curso outras investigações sobre crimes supostamente cometidos pelo vereador, como constrangimento de menores, coação de testemunhas, suborno, peculato e estupro.

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“O delegado da 42ª confirmou que o inquérito que aborda a questão que ofende o Estatuto da Criança e Adolescente (ECA), da menor de idade, admitida como menor por todas as partes, ele está parcialmente concluído com a aferição de crime sexual de acordo com o ECA”, disse Chico Alencar. 

Além do delegado, outra testemunha convocada pela defesa de Monteiro foi ouvida nesta terça-feira (21): o policial militar Pablo Foligno, integrante da escolta do parlamentar.

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De acordo com Alencar, o PM confirmou que há mistura de papéis entre os assessores do gabinete de Monteiro na Câmara e na empresa do vereador.

Foligno também disse que, nas filmagens de supostos experimentos sociais feitos por Monteiro, há oferta de remuneração aos personagens. Ele citou uma ocasião em que um dos assessores ofereceu dinheiro a um morador de rua, que teria tentado agredir a equipe do parlamentar após não receber a quantia prometida.

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Posicionamento da defesa

O vereador Gabriel Monteiro confirmou ter oferecido dinheiro a um morador de rua para um experimento sobre feminicídio, segundo a assessoria do parlamentar.

Sobre o empurrão de Foligno durante a gravação do vídeo, os advogados de Monteiro declararam que ele agiu em legítima defesa porque o homem estava com uma pedra na mão e que o vereador já não estava no local naquele momento.

A defesa de Gabriel Monteiro afirmou também que o delegado Luís Maurício Armond confirmou a versão de que a jovem declarou, em depoimento, que havia dito ao parlamentar ter 18 anos.

Os advogados dizem, ainda, que as acusações de ex-assessores contra o vereador foram feitas após ele ter denunciado um empresário pelo suposto esquema conhecido como máfia dos reboques. Segundo os representantes de Gabriel Monteiro, a investigação em curso comprovou a ligação dos ex-funcionários com esse empresário.

Gabriel Monteiro será ouvido na quinta (23)

O presidente da Câmara, Alexandre Isquierdo, afirmou que foi indeferido o pedido de Monteiro para que seu depoimento, a ser prestado na próxima quinta (23), seja acompanhado pela imprensa e transmitido pelas redes sociais.

De acordo com Isquierdo, a solicitação confronta a resolução do Conselho de Ética que determina sigilo em seus processos para evitar o constrangimento de testemunhas.

A expectativa é que, após o depoimento do vereador, seja entregue o relatório final, que será votado pelo conselho após o recesso parlamentar de julho.

Investigação contra o vereador

Gabriel Monteiro foi denunciado por ex-assessores por manipular vídeos publicados em suas redes sociais e usar servidores públicos na produção de conteúdo audiovisual pessoal.

O vereador também é acusado de assédio sexual e moral contra ex-funcionários de seu gabinete. Além disso, ele responde na Justiça por ter filmado uma relação sexual que teve com uma jovem de 15 anos.

A defesa de Monteiro afirmou, em outros momentos, que o parlamentar não sabia que a adolescente era menor de idade na ocasião da gravação do vídeo. Sobre as outras denúncias, os advogados afirmaram que não comentam depoimentos dados ao Conselho de Ética em respeito ao sigilo do processo.

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