José Henrique tinha 53 anos
Reprodução/Record TV RioA família de um dos sete mortos na ação da Polícia Militar na comunidade da Maré, na zona norte do Rio de Janeiro, desta segunda-feira (26), afirma que ele era inocente. Segundo parentes, José Henrique da Silva, de 53 anos, vendia frango empanado e bebidas em uma barraca na região.
Vindo da cidade de Timbaúba, em Pernambuco, morava há 20 anos na Maré. De acordo com familiares, ele trabalhou com bombeiro hidráulico até sofrer uma lesão na coluna durante uma obra no Maracanã.
Após ser afastado pelo INSS, José e a esposa passaram a vender alimentos e costumavam trabalhar em dias de baile, quando o movimento é maior. Ainda segundo os parentes, José foi buscar a mulher na barraca por volta das 4h da manhã e acabou sendo atingido.
Além de deixar a esposa, com quem era casado há 23 anos, José deixou três filhos. Ainda não há informações sobre sepultamento.
A ação da PM na Maré terminou com sete mortos, 26 presos, e mais de uma tonelada de maconha apreendida.
Durante a troca de tiros, vias expressas como a linha Amarela e linha Vermelha sofreram interdições. A prefeitura fechou 35 escolas municipais e diversas unidades de saúde em razão do confronto. A Universidade Federal do Rio de Janeiro também cancelou as aulas de ontem no campus da Ilha do Fundão.
Segundo a corporação, a operação tinha como objetivo impedir uma ofensiva de uma facção da Maré contra um grupo rival.
Um morador foi feito refém durante a tarde por criminosos que chegaram a transmitir o sequestro ao vivo na internet para negociar a rendição com os policiais. A vítima foi liberada sem ferimentos e 20 homens que aparecem nas imagens foram presos.
O policiamento na comunidade e nas vias expressas do entorno segue reforçado nesta terça (27), segundo a PM.
*Estagiário do R7, sob supervisão de PH Rosa