Daniel dos Santos de Souza, filho biológico da deputada Flordelis e do pastor Anderson do Carmo, disse em depoimento que a mãe confessou ter destruído o celular do marido após o assassinato dele.
A informação consta no inquérito, obtido com exclusividade pela Record TV Rio. No documento, Daniel afirma que durante uma conversa na casa da família, Flordelis pegou um caderno e escreveu “peguei o celular do seu pai, quebrei e jogamos no mar” e mostrou aos filhos. Ela teria feito isso, segundo ele, por acreditar que havia escutas na casa.
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Daniel também falou à polícia que a mãe teria apagado mensagens recebidas por Lucas dos Santos, o filho adotivo que está preso acusado de participar da morte de Anderson, que oferecia R$ 10 mil para que ele matasse o pastor.
Envenenamento
Anderson tinha frequentes crises de ansiedade, de acordo com Daniel. O filho do casal disse que, no dia que Flordelis foi eleita, o pai chegou a ser internado com picos de ansiedade. Ele também afirmou não ter conhecimento de nenhum remédio que o pastor tomasse regularmente, mas que o viu passar mal algumas vezes após refeições. Tayane, uma das filhas adotivas do casal, também teria passado mal após tomar um iogurte que era de Anderson.
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Em outros depoimentos, Simone, que é filha biológica da deputada, chegou a usar o celular para buscar na internet lugares para comprar cianeto, um tipo de veneno. A substância seria aplicada em sucos e alimentos preparados para ele.
Um ex-namorado de Simone também apontou em depoimento que ela estava colocando veneno na comida dele, mas que o pastor era “tão ruim que não morria”.
"Quero que a justiça seja feita", diz Flordelis
Na quinta-feira (22), a deputada divulgou uma nota na qual rebateu algumas acusações dos filhos citadas em depoimentos divulgados anteriormente e disse que não vai mais se pronunciar à imprensa.
"Quero que a justiça seja feita e porque, pelo amor de Deus, gente, além de esposa, eu sou mãe e quero justiça", disse. "Quero que a justiça seja feita e porque, pelo amor de Deus, gente, além de esposa, eu sou mãe e quero justiça", concluiu.
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